Alonso tem início mais tímido, mas vê Aston se comportando como time grande

SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) – O começo da temporada da Aston Martin ano passado foi impressionante: uma equipe que lutava para pontuar no final de 2022 surgiu colecionando pódios na primeira metade da temporada. O Início de 2024 não tem sido tão forte, mas Fernando Alonso, que recentemente confirmou sua permanência no time até pelo menos o final de 2026, vê uma diferença importante: agora, o time está se comportando como um time grande.

Ele se refere ao programa de desenvolvimento do carro, com a primeira grande atualização tendo sido levada a Suzuka e com sucesso. E tudo o que o time tem preparado para os próximos meses. O foco é não perder contato com o “grupo de perseguição” à Red Bull, como em 2023.

“Temos sido muito agressivos no desenvolvimento do carro, com peças novas da suspensão em Jeddah, uma modificação pequena na asa dianteira na Austrália e um pacote no Japão. Em todas as corridas, estamos pilotando um carro diferente, o que é um bom sinal do que estamos tentando conquistar neste ano, com muita agressividade no desenvolvimento”, disse o espanhol, que soma 24 pontos após quatro corridas contra 60 pontos a essa altura do campeonato em 2023.

“Pelo menos estamos nessa corrida de desenvolvimento neste ano. Ano passado, não estávamos. Para sermos uma equipe de ponta, precisamos evoluir em todas as áreas e é isso que estamos tentando fazer. Agora é mais fácil com a nova fábrica, e o novo túnel de vento está chegando no final do ano, o que será outro passo.”

Alonso se refere às instalações de um time que começou como Jordan e depois amargou o fim do pelotão como Spyker, se tornou Force India e Racing Point antes de ser comprada pelo bilionário Lawrence Stroll. E que agora se prepara para ser a equipe de fábrica da Honda a partir de 2026.

“Aprendemos a lição do ano passado, em que começamos muito bem e depois não mudar o carro de maneira suficiente na segunda metade da temporada foi doloroso. Neste ano, queremos estar mais fortes na segunda parte do ano.”

Não há um elemento específico em que a equipe não está bem. Alonso disse que a equipe tem que melhorar em tudo, gerar mais pressão aerodinâmica, e com isso ter mais velocidade e menos desgaste de pneus.

Perguntado pelo UOL se é melhor não ter algo específico para resolver no carro, Alonso disse que é uma boa questão para ser resolvida ao longo do ano. “Talvez seja melhor porque, se você tem algo muito errado, é porque talvez tenha errado no cálculo e não tenha compreendido totalmente algo.”

E o primeiro grande upgrade, com assoalho, difusor e mudanças nas laterais fez uma boa estreia em Suzuka, como salientou o chefe da equipe, Mike Krack.

“Ainda estamos estudando todos os dados para quantificar o quanto evoluímos. Mas parece que o ritmo de corrida foi muito melhor, muito mais constante do que antes.”

De fato, Suzuka foi um teste importante para a atualização por ser um circuito de alta degradação de pneus. Além disso, Alonso largou com os pneus macios, ao contrário dos rivais diretos, e mesmo assim teve uma boa performance, conseguindo chegar na frente das duas Mercedes e de uma das McLaren.

JULIANNE CERASOLI / Folhapress

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