SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A segunda aluna ferida no ataque à Escola Estadual Sapopemba, na manhã desta segunda-feira (23), recebeu alta médica. A estudante, que tem 15 anos, foi atingida na região do ombro por um disparo de arma de fogo dentro da sala de aula, no caso em que a jovem Giovanna Bezerra, 17, foi morta.
Com isso, todos os feridos no ataque já foram encaminhados no ataque outra aluna, atingida na região no abdômen, teve alta no mesmo dia do ataque.
O tiro acertou a aluna pouco acima do peito e atravessou seu corpo, saindo pelas costas. Ela foi atingida no momento em que o agressor, que é aluno da escola da zona leste de São Paulo e tem 16 anos, invadiu uma sala e disparou contra os colegas. Após deixar o hospital, a estudante disse à Folha que pretende tentar se “recuperar desse trauma”.
A estudante era da mesma sala do atirador, mas acredita que não foi atingida por nenhum motivo em particular. Ela afirma que o agressor ela “uma pessoa bem difícil de conviver”.
“Falaram que ele atirou em quem praticava bullying, eu mesma nem falava com ele”, disse a estudante. Ela também diz que o agressor gostava de dar apelidos aos colegas, e nem todos levavam na brincadeira. “No começo do ano conversava mas depois esqueci 100% da pessoa dele. Ele mesmo cita que não sofria na escola.”
ESTUDANTES LOTAM VELÓRIO DE COLEGA
O corpo de Giovanna começou a ser velado às 20h desta segunda-feira (23) em São Miguel Paulista, também na zona leste.
Dezenas de adolescentes, alunos do colégio, lotaram o velório, muitos acompanhados dos pais. Os estudantes combinaram de vestir preto e levar flores brancas ao velório.
“Era uma pessoa muito querida”, afirmou Viviane Santana, 40, prima da mãe da adolescente, sobre a multidão na parte externa do velório na zona leste.
“Ela não merecia isso, ela nunca fez bullying com ele [o atirador], nem com ninguém”, disse. “Quantas pessoas vão ter que morrer para acabar com isso?”, questionou.
O enterro de Giovanna será nesta terça-feira (24) , às 13h30, no Cemitério Nossa Senhora do Carmo, em Santo André, no ABC.
PAULO EDUARDO DIAS / Folhapress