SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Calouras da UEMG (Universidade Estadual de Minas Gerais) foram vítimas de racismo durante um trote universitário.
Crime ocorreu durante recepção dos alunos no campus de Frutal. A recepção foi realizada na segunda-feira (11).
Xingamentos racistas. Alunas negras que participavam do trote de recepção receberam placas com palavras racistas como “bombril” e “asfalto” durante a festa. A informação foi dada pelo coletivo Ágora Negra e pelo Diretório Acadêmico ‘Chapa Igualité’.
Protesto no campus. Estudantes se reuniram no campus de Frutal para protestar contra o caso na noite de ontem.
Responsáveis por trote expulsos de grêmio estudantil. Em nota, a Sociedade Esportiva Pobrema afirmou que “os responsáveis por tais atos já foram punidos e expulsos”. O grupo também pediu desculpas em nome dos estudantes de administração da universidade.
O UOL buscou a universidade para saber se alguma investigação foi aberta. O espaço será atualizado tão logo haja posicionamento.
A Polícia Civil também foi procurada para saber se houve registro de boletim de ocorrência. Não houve retorno sobre o assunto até o momento.
RACISMO X INJÚRIA RACIAL
A Lei de Racismo, de 1989, engloba “os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. O crime ocorre quando há uma discriminação generalizada contra um coletivo de pessoas. Exemplo disso seria impedir um grupo de acessar um local em decorrência da sua raça, etnia ou religião.
O autor de crime de racismo pode ter uma punição de 1 a 5 anos de prisão. Trata-se de crime inafiançável e não prescreve. Ou seja: no caso de quem está sendo julgado, não é possível pagar fiança; para a vítima, não há prazo para denunciar.
Já a injúria racial consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião ou origem a fim de atacar a dignidade de alguém de forma individual. Um exemplo de injúria racial é xingar um negro de forma pejorativa utilizando uma palavra relacionada à raça.
Redação / Folhapress