Alunos de colégio militar cantam palavras de ódio em TO

PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – O diretor de uma escola cívico-militar em Paranã (TO) foi afastado das funções após a divulgação de um vídeo que mostra estudantes cantando versos de estímulo à violência em uma atividade extracurricular na quinta-feira (21).

No registro compartilhado nas redes sociais, alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental do Colégio Militar Euclides Bezerra Gerais andavam em marcha em uma rua da cidade, a 350 km da capital Palmas, conduzidos por um policial que liderava os cantos.

“Tu vai lembrar de mim/ Sou taticano maldito/ E vou pegar você/ E se eu não te matar/ Eu vou te prender/ Vou invadir sua mente/ Não vou deixar tu dormir/ E nas infiltrações você vai lembrar de mim”, repetiam os estudantes. O canto se refere a ações policiais.

Nesta sexta-feira (22), o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), determinou o afastamento do diretor e dos militares envolvidos na atividade extracurricular.

A atividade, chamada “corridão”, foi feita por alunos e a agentes da força tática da polícia como parte da programação especial vinculada à operação Hagnos, promovida pelas forças de segurança do estado para combater a violência contra crianças e adolescentes. Logo depois, estava marcada uma palestra sobre o tema.

Em nota, o governo de Tocantins repudiou o ocorrido e determinou a formação de uma comissão na Secretaria Estadual de Educação para investigar o caso.

Segundo o governo, a atividade “está em total desacordo com os valores de respeito e cidadania que devem ser cultivados no ambiente escolar”. O comunicado diz que o incidente foi um caso isolado, e que não reflete a realidade das escolas cívico-militares no estado.

A Polícia Militar do Estado do Tocantins disse em comunicado que a atividade era uma ação pontual, que não fazia parte da rotina diária da unidade escolar, e que um procedimento investigativo preliminar está em curso.

“A Polícia Militar já está apurando os fatos com rigor, avaliando a conduta dos policiais militares envolvidos, e informa que serão adotadas as medidas cabíveis, em conformidade com os procedimentos legais e disciplinares previstos no âmbito institucional”, disse a instituição.

Redação / Folhapress

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