Alunos mais velhos em acidente no RS queriam voltar ao mercado de trabalho

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Sete pessoas morreram em um acidente na cidade de Imigrante (RS) na manhã desta sexta-feira (4). As vítimas eram estudantes do curso de paisagismo do Colégio Politécnico da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) que estavam em um ônibus com destino ao cactário Horst para uma visita de campo.

O QUE ACONTECEU

O ônibus tombou e caiu em uma ribanceira a apenas 850 metros do destino final. Uma das hipóteses investigadas pela Polícia Civil e pelo Comando Rodoviário é de que o veículo tenha perdido o freio entre os quilômetros 3 e 4 da rodovia RSC-453, o que o fez despencar de uma altura de 52 metros, capotando diversas vezes. O acidente ocorreu por volta das 11h15 da manhã. Dos 33 ocupantes, sete morreram e 26 ficaram feridos, com lesões moderadas ou graves.

Os estudantes tinham entre 21 e 71 anos. A maioria era caloura no curso de paisagismo. Marta Von Ende, diretora do Colégio Politécnico, explicou ao UOL que o curso costuma atrair alunos com uma faixa etária mais madura, pois muitos buscam essa formação após já terem concluído uma graduação. “Alguns alunos também procuram o curso como uma segunda atividade profissional, para retomar sua inserção no mercado de trabalho”, afirmou. A formação tem duração de dois anos.

Entre os mortos estão recém-formados e profissionais de outras áreas. Marisete Maurer, 54, era terapeuta energética; Paulo Victor Estefanói Antunes, 27, era formado em arquitetura e urbanismo. As demais vítimas foram Dilvani Hoch, 55, Elizeth Fauth Vargas, 71, Fátima E. R. Copatti, 69, Flavia Marcuzzo Dotto, 44, e Janaina Finkler, de 21 anos.

Viagens fazem parte da rotina do curso técnico. Segundo a diretora, a formação inclui diversas atividades práticas para proporcionar aos alunos experiências próximas da realidade do mercado.

O curso havia começado há cerca de um mês, contou Marta Von Ende. “A maioria dos alunos que estavam no ônibus era de calouros, mas nem todos. Havia, por exemplo, alguns que já estavam no terceiro semestre. Sempre oferecemos as vagas excedentes para os alunos que já estão em formação”, explicou.

No momento, a universidade está prestando assistência aos familiares das vítimas. “Estamos mobilizados junto a diversas entidades, como Defesa Civil, Ministério Público Federal, Brigada Militar e Prefeitura de Santa Maria, para formar um comitê de crise. Nosso objetivo é oferecer todo o suporte necessário, tanto às equipes quanto aos familiares”, disse a diretora. Segundo ela, o acolhimento continuará sendo oferecido pelo tempo que for necessário.

RAFAELA POLO / Folhapress

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