SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Em meio a julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta sexta-feira (23), querer continuar elegível e disse que pensa sair candidato ou para vereador no Rio de Janeiro, no ano que vem, ou até para a Presidência em 2026.
“Estou pensando em ser candidato a vereador no Rio de Janeiro. Qual o problema? Não há demérito nenhum. Até vou me sentir jovem, geralmente a vereança é para a garotada”, falou em evento do PL no Rio Grande do Sul.
“Em 2026, se estiver vivo até lá e também elegível, se essa for a vontade do povo, a gente vai e disputo novamente a Presidência”, afirmou.
Bolsonaro está sendo julgado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por, em uma reunião com embaixadores, ter mentido sobre a segurança do processo eleitoral. O fim do processo está previsto para a quinta-feira (29) e poderá deixá-lo inelegível.
O político do PL indicou nesta sexta que haveria um motivo diferente para a Corte julgar agora a ação: “Só como curiosidade, o presidente do TSE em 2026 será Kassio Nunes, que eu indiquei. A vice-presidência será do terrivelmente evangélico André Mendonça, que eu indiquei. As coisas mudam e será que essa mudança antecipa essa vontade?”.
O QUE MAIS BOLSONARO FALOU?
Conselho Tutelar visitou a casa dele “tem dois dias”, para perguntar por que a filha, Laura, não se vacinou contra a Covid-19: “É a liberdade, durante a pandemia defendi a liberdade do médico, deixa o médico decidir, não é direito, é um dever do médico”. Anteriormente, Bolsonaro falou que a caçula deixou de ser imunizada por um problema de saúde.
Ser presidente “é uma merda” e “lá [no Planalto] eram lágrimas quase todo dia, no anonimato, no silêncio”.
Na presença do presidente da CPI do MST, tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS), Bolsonaro falou que “comigo vocês não viam o MST agir, agora é todo dia”.
Questionou o processo que prendeu quem depredou a Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro: “Estamos vivendo momentos difíceis no Brasil, temos uns 300 irmãos presos em Brasília, sem qualquer processo legal, sem direito a legítima defesa, sem uma culpa formal”.
ISABELLA CAVALCANTE / Folhapress