SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Antes de viajar para as férias de julho, vale visitar o Ambulatório dos Viajantes. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, são três unidades na capital paulista no Hospital das Clínicas, no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e uma no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, no interior.
“O serviço de medicina do viajante não é somente para indicar vacina. Fazemos toda a orientação de prevenção de riscos durante a viagem”, explica Anna Christina Nunes, infectologista do Núcleo de Medicina do Viajante do Instituto Emílio Ribas.
Além de atualizar a caderneta de vacinação de acordo com o estado ou país a ser visitado, o ambulatório orienta sobre as principais doenças, inclusive as transmitidas por água e alimento. Também há esclarecimentos a respeito de picadas de mosquito, acidente com animais peçonhentos ou transmissores da raiva, quais são os medicamentos básicos que devem ser colocados na mala e até cuidados durante o voo para a prevenção de trombose venosa.
“Nós aconselhamos a levar para a viagem um kit saúde, com termômetro, analgésico, antitérmico, anti-inflamatório, antialérgico e medicamento para náusea e vômito”, orienta a infectologista.
Na unidade do Instituto Emílio Ribas, há também orientações sobre os cuidados necessários em relação à violência, traumas causados por acidentes de trânsito e como contratar um seguro viagem.
QUAIS VACINAS TOMAR ANTES DE VIAJAR?
“Se tem alguma vacina atrasada, aproveitamos esse momento para atualizar a carteira do indivíduo. E dependendo do local para onde ele vai e dos riscos das doenças que pode encontrar no destino, são indicadas as vacinas específicas”, diz Anna Christina Nunes.
Segundo a especialista, algumas são básicas. A vacina contra a febre amarela é exigida em certos países, como Equador, Venezuela e Tailândia. É necessário comprovar por meio do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia. A dose deve ser administrada pelo menos dez dias antes do embarque para garantir o desenvolvimento da imunidade. A imunização é feita em dose única e protege por toda a vida contra o contágio ou a forma grave da doença.
Alguns países se mantêm endêmicos e apresentam risco ou surto de poliomielite. O Ministério da Saúde orienta a administração da dose pelo menos quatro semanas antes da viagem. A vacinação é recomendada para crianças menores de cinco anos e para viajantes que vão a países onde a doença é endêmica.
O mesmo vale para o sarampo e a rubéola. Neste caso, a vacina deve ser tomada pelo menos 15 dias antes da viagem.
Pessoas de 12 meses a 59 anos de idade têm indicação para serem vacinadas contra o sarampo. Já adolescentes e adultos não vacinados devem iniciar ou completar o esquema vacinal.
No caso de difteria e tétano, a vacina é indicada para adultos e crianças a partir dos sete anos, com dose de reforço a cada dez anos.
A antirrábica é recomendada para crianças e adultos expostos a ataque e lambeduras de animais sem imunização contra a raiva. A depender do destino de viagem, o contato com bichos infectados pode ser intensificado e a doença transmitida para humanos.
A vacina contra a Covid não é aplicada por motivo de viagem. Se a pessoa viajar a algum estado ou país com alta transmissão do coronavírus, deverá buscar outras formas de proteção, como o uso de máscaras, por exemplo.
COMO TER ACESSO AO SERVIÇO
Veja aqui os endereços, telefones e a forma de atendimento de cada um. No Instituto Emílio Ribas, é necessário agendamento prévio através do email [email protected].
PATRÍCIA PASQUINI / Folhapress