BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – Uma ameaça de bomba feita por telefone mobilizou efetivos da Polícia Federal e da Polícia Civil para o prédio da Amia, a Associação Mutual Israelita Argentina, em Buenos Aires, nesta segunda-feira (6). A informação é do jornal Clarín.
Foi também na Amia que em 1994 ocorreu aquele que é considerado o maior atentado terrorista da história argentina, quando um carro-bomba colidiu contra o prédio da associação, deixando 85 mortos e ao menos 300 feridos.
Neste mês de abril, três décadas após o caso, a Justiça da Argentina identificou o Irã como mandante deste ataque e de outro, que dois anos antes ocorreu contra a embaixada de Israel em Buenos Aires.
A ameaça desta segunda-feira, sobre a qual ainda não se tem muitos detalhes, ocorre poucos dias após o governo de Javier Milei anunciar que estava elevando a segurança pública por temor de ataques. O estopim foram os ataques que o Irã promoveu contra Israel no marco da guerra Tel Aviv-Hamas.
A Casa Rosada disse ver a Argentina como potencial país ameaçado pelos grupos apoiados pelo Irã, um deles o Hezbollah.
Nas últimas semanas, a ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich, tem dito que o grupo é uma ameaça para a América Latina e afirmou que membros estão presentes na costa do Chile, em um episódio que gerou conflito com Santiago.
A movimentação é parte do realinhamento da política externa argentina, agora muito mais próxima aos Estados Unidos. Washington sempre foi um dos principais denunciantes da presença do Hezbollah na América do Sul, notadamente na Tríplice Fronteira.
Redação / Folhapress