SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Anitta afirmou que os gringos que não gostarem ou não entenderem de suas músicas novas, com maior ligação ao funk brasileiro, não tem um bom gosto. Ela falou à imprensa na manhã desta sexta-feira (18), para divulgar seu lançamento “A Favela Love Story”.
“Estou fazendo a minha verdade e, se não curtirem, é porque não têm um gosto apurado”, ela disse. A estrela pop carioca canta em inglês e espanhol nas músicas, dando continuidade à intenção de sua carreira de mirar um público internacional.
Anitta lançou na última quinta o pacote “Funk Generation: A Favela Love Story”, com o single “Funk Rave” e mais duas músicas novas, “Casi Casi” e “Used to Be”. A primeira dessas inéditas ganhou um videoclipe nesta sexta, uma sequência da ambientação em favelas do Rio de Janeiro.
As três músicas do lançamento destacam o funk, ritmo que ela havia deixado de lado nos últimos para abraçar o pop americano e o reggaeton latino. Apesar de trazer muito da batida brasileira, as canções são embebidas num pop que se pretende global, e trazem pouquíssimos versos em português.
Elas abrem caminho para o próximo álbum da cantora, com previsão de lançamento para o ano que vem. O sucessor de “Versions of Me”, disco do ano passado com o qual Anitta ganhou projeção nos Estados Unidos, é uma volta conceitual ao começo da carreira dela, quando cantava funk no Rio.
“O álbum tem faixas mais pesadonas, com palavrões, e um funk melody, voltar para essas coisas que eu fazia no início da minha carreira”, ela diz. “Quero que [os fãs] sintam o flashback, a nostalgia das minhas músicas antigas. Quero que se conectem com isso.”
A cantora afirmou que fez mais de 40 músicas para o disco, que tem como principal colaborador o DJ Gabriel do Borel, além de produtores conhecidos do pop internacional atuando esporadicamente nas faixas. Atualmente, ela está no processo de selecionar quais destas canções vão entrar no álbum.
Anitta ainda disse que o próximo trabalho tem “partes bem dançantes e partes de cantar junto”, com músicas em que o funk mais em primeiro plano do que nas três lançadas até agora. Por se tratar de uma obra em que seu passado está em destaque, ela não quis muitas participações externas.
“Primeiro, eu tinha que mostrar o quão autêntico é”, ela diz. “É meu, com a minha cara. Vinha lançando muitos ‘feats’, então estava na hora de lançar coisa sozinha. É indiferente para mim se vai ter participação ou não.”
LUCAS BRÊDA / Folhapress