SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O lendário piloto brasileiro Emerson Fittipaldi detonou a escolha do GP de São Paulo da Fórmula 1 para a homenagem aos 30 anos da morte de Ayrton Senna. Lewis Hamilton foi o piloto escolhido para homenagear o brasileiro.
Fittipaldi afirmou que é “antiético” um inglês ter sido escolhido para pilotar o carro de Senna em solo nacional. Após as atividades do 2º dia de GP, Hamilton vai conduzir o modelo MP4/5B da McLaren, usado pelo brasileiro no bicampeonato de 1990 da F1. O evento está prevista para 17h (de Brasília).
“Eu não sei quem escolheu, se foi o McLaren, se foi organização, não sei. Eu adoro o Lewis Hamilton, não tem nada a ver com o talento, a personalidade que ele é, mas aqui no Brasil não ser um brasileiro comemorando o carro do Ayrton? desculpa. É um chute fora do gol”, completou o 1º brasileiro campeão da F1.
Rubens Barrichelo reagiu à notícia em suas redes sociais, dizendo que ele próprio deveria pilotar o carro de Senna. No Story do Instagram, o ex-Ferrari republicou a mensagem de um fã com a seguinte frase: “Quem deveria guiar o carro do Senna no Brasil é Rubens Barrichello. Esse sim teve uma história com Ayrton Senna e muito melhor que a do Hamilton”.”Também acho”, dizia o comentário.
Após a polêmica, Barrichello ainda reforçou sua opinião sobre a escolha. “Na verdade, eu não me posicionei, eu só repliquei uma coisa que falei que também acho, mas não é porque tem que ser a mim: tinha que ser um brasileiro, com toda a história, com todo o Brasil… Por mais carinho que a gente tenha pelo Hamilton – e eu também, um amigo pessoal, ele já vai estar correndo. Dê a chance para um garoto novo, brasileiro, que está despontando”, disse Barrichello à Band.
A empresária Bianca Senna, sobrinha de Ayrton Senna e CEO da marca que carrega o nome do piloto, está de acordo com a escolha da F1 e se diz “ansiosa para o momento” neste sábado.
JULIANNE CERASOLI E LIVIA CAMILLO / Folhapress