Apontado como maior ladrão de banco do Brasil é beneficiado com semiaberto

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Apontado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo como um dos maiores ladrões de banco do país foi beneficiado com o regime semiaberto. O detento Luciano Castro Oliveira, 50, o Zequinha, foi transferido da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP) para o presídio de Valparaíso (SP).

Segundo o MPSP, Zequinha disse em audiência em setembro de 2020 que sua missão no PCC (Primeiro Comando da Capital) era matar ou mandar matar o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, o coordenador regional dos presídios da região Oeste, Roberto Medina, e o ex-governador João Doria.

No último dia 3, o ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça, havia autorizado ao preso a progressão para o regime aberto. No entanto, o MPSP recorreu por meio de embargos de declaração, e o STJ reformou a decisão para o semiaberto sem necessidade de exame criminológico.

A Justiça de São Paulo já tinha se manifestado contra a progressão de regime prisional para Zequinha, por entender que ele é condenado por crime hediondo, com período longo de pena a cumprir (até 2039), e por considerar que era “prematura a concessão do benefício pretendido”.

O TJSP havia decidido manter Zequinha preso, atendendo a pedido do MPSP e da 5ª Delegacia de Investigações sobre Furtos e Roubos a Bancos, do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).

MP PREVÊ FUGA DO SEMIABERTO

A polícia pediu a prisão preventiva de Zequinha, alegando que ele tinha sido denunciado em processo que o manteve preso sob a acusação de usar dinheiro do crime na compra de terrenos, veículos e de uma fazenda na cidade de Piraju (SP), onde foi capturado em setembro de 2020.

Ainda conforme o MPSP, a defesa do preso também recorreu e conseguiu a progressão do cliente para o regime semiaberto. Zequinha foi transferido ontem para o CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Valparaíso, no Oeste do estado.

O Ministério Público acredita que Zequinha não ficará muito tempo atrás das grades e que abandonará o regime semiaberto na primeira oportunidade que tiver. As autoridades ligadas às forças de segurança de São Paulo também temem que ele cumpra a ordem do PCC para matar agentes públicos.

Redação / Folhapress

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