Após 1 ano, mãe cobra home care a filha que teve reação alérgica a pimenta

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A mãe da trancista Thais Medeiros de Oliveira, que teve uma reação alérgica grave ao cheirar pimenta, cobra da Prefeitura de Goiânia o cumprimento da decisão da Justiça que determinou o fornecimento do serviço de home care (assistência domiciliar). O caso completa um ano neste sábado (17).

“Thais precisa de atendimento diário e especializado”, escreveu Adriana Medeiros, mãe da jovem, nas redes sociais. Ela diz que a prefeitura se recusa a fornecer o serviço.

Nos últimos meses, a jovem ficou internada em diferentes períodos. Ela não anda nem consegue falar e os cuidados necessários ficam sob a responsabilidade da mãe em casa.

Procurado, o município informou que recorreu da decisão e que o SUS (Sistema Único de Saúde) “não reconhece nenhuma política” de home care. A prefeitura diz que oferece o serviço de visitas regulares na casa de Thais por uma equipe multidisciplinar de saúde.

A administração municipal afirma ainda pagar com recursos próprios um serviço para pacientes que saem da UTI e precisam de respiradores em casa. “O que não é o caso da paciente em questão. Portanto, ela não se enquadra nos critérios de atendimento do serviço municipal e, por isso, o município recorreu da decisão”, diz nota enviada ao UOL.

A jovem recebeu alta no último dia 12 após ficar internada por 83 dias. “Graças a Deus retornamos para casa, agora é continuar com os cuidados em casa com muito amor e carinho”, disse a mãe da jovem.

Família faz nova arrecadação para auxiliar nos custos dos tratamentos. O valor também será destinado para a fisioterapia de Thais e mais gastos diários. A jovem tem duas filhas pequenas.

Relembre o caso

Mãe de duas filhas, Thais passou mal após cheirar um pote de vidro de pimenta. O caso ocorreu no ano passado durante um almoço com o namorado na cidade de Anápolis (GO).

A jovem começou a sentir a garganta coçando e apresentar vermelhidões. Imediatamente foi levada ao Hospital Santa Casa da cidade e em seguida transferida para Goiânia.

Thais também passou por complicações como infecções e parada cardiorrespiratória. Com isso, desenvolveu uma lesão no cérebro e deixou de responder a estímulos.

Os médicos esclareceram que a reação é rara e fez com que Thais ficasse mais de cinco meses internada após o episódio. Ela também perdeu a visão e hoje permanece acamada sob cuidados diários.

Redação / Folhapress

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