SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) divulgou nesta segunda (5) que vai conceder financiamento de R$ 500 milhões para a Volkswagen do Brasil. O valor será aplicado em projetos que promovam a transição energética no setor de transportes, com foco em carros híbridos e elétricos.
O anúncio foi feito no primeiro dia útil após a divulgação dos novos investimentos da montadora, realizado na sexta (2), em São Bernardo do Campo. Ao todo, a empresa vai aplicar R$ 16 bilhões entre 2022 e 2028 -um acréscimo de R$ 9 bilhões em relação ao plano anterior, que terminaria em 2026.
Serão lançados 16 novos modelos e um novo motor híbrido flex. Quatro produtos serão inéditos, e entre eles está a picape cabine dupla derivada do conceito Tarok. O utilitário poderá rodar com etanol, gasolina e eletricidade.
Em nota, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse que o objetivo do financiamento é desenvolver tecnologias que contribuam para a descarbonização e a redução da emissão de poluentes e CO2.
O custo do aporte será baseado na TR (taxa referencial). Além da parte de engenharia, o valor será usado na capacitação de mão de obra para trabalhar com os futuros modelos híbridos e elétricos.
A produção nacional de carros eletrificados deve aquecer o mercado automotivo a partir deste ano. As novas tecnologias estarão presentes em modelos compactos já conhecidos -como o Volkswagen Polo-, que ganharão atualizações e novas versões entre 2024 e 2028.
Espera-se que os valores praticados não se distanciem dos atuais, com opções cujos preços iniciais ficarão entre R$ 90 mil e R$ 120 mil.
No caso dos modelos mais em conta, a tecnologia predominante deverá ser a “mild hybrid” -híbrido leve no Brasil. Essa solução não prevê um motor elétrico, mas, sim, o uso de um sistema otimizado de partida.
Nesse caso, um alternador mais potente auxilia o motor a combustão. A eletricidade ajuda a reduzir a queima de combustível ao ligar o carro e fornece torque extra nas arrancadas, entre outros recursos.
EDUARDO SODRÉ / Folhapress