Após bater os R$ 5,46, dólar opera em leve em queda nesta sexta

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar opera em leve em queda nesta sexta-feira (21), após ter fechado em seu maior valor nominal desde julho de 2022 (R$ 5,46) na sessão anterior. Às 12h45, a moeda americana tinha queda queda marginal de 0,04, a R$ 5,4584.

O câmbio caminha para a sua quinta semana consecutiva de alta, com ganho de acima de 1% nos últimos cinco pregões.

Nesta sexta, o mercado repercute novos números sobre o setor de serviços dos Estados Unidos, em busca de mais informações sobre a economia americana para alinhar apostas de quando os juros começarão a cair no país.

O Ibovespa operava em alta de 0,51%, a 121.065 pontos. Já nos EUA, os viés é misto. O S&P 500 recuava 0,04% e o Dow Jones, 0,10%. Já o Nasdaq tinha ganhos de 0,14%.

Na manhã desta sexta, a S&P Global divulgou o seu PMI (Índice de Gerentes de Compras, na sigla em ingês) Composto americano, que acompanha os setores de manufatura e serviços.

Ele apontou que a atividade empresarial dos EUA a subiu para 54,6 em junho e atingiu a máxima em 26 meses, em meio a uma recuperação no nível de emprego. No entanto, as pressões dos preços diminuíram consideravelmente, oferecendo esperança aos investidores de que a recente desaceleração da inflação possa ser sustentada.

Esse foi o nível mais alto desde abril de 2022 e seguiu-se a uma leitura final de 54,5 em maio. Resultado acima de 50 indica expansão no setor privado. Tanto o setor de serviços quanto o de manufatura contribuíram para o ganho de atividade.

A leitura elevada do PMI Composto sugere que a economia dos EUA encerrou o segundo trimestre de forma sólida. No entanto, outros dados mostram um quadro diferente. As vendas no varejo quase não aumentaram em maio, depois de terem caído em abril, enquanto a construção de moradias ampliou o declínio, atingindo o nível mais baixo em quase quatro anos em maio.

Segundo analistas, os números refletem a alta taxa de juros americana, atualmente entre de 5,25 a 5,50%, a maior desde 2001. A desaceleração na atividade fortalece a tese de que o Fed (banco central dos EUA) irá cortar juros em setembro —o Fed tem mantido sua taxa de juros de referência na faixa atual desde julho passado.

O PMI preliminar de manufatura subiu de 51,3 em maio para 51,7 neste mês. Economistas consultados pela Reuters previram que o índice do setor, que responde por 10,4% da economia, cairia para 51. Já o PMI preliminar de serviços aumentou para 55,1, um recorde de 26 meses, de 54,8 em maio e expectativa de 53,7.

Na quinta (20), depois de começar o dia em queda firme, o dólar virou e fechou em alta de 0,35%, cotado a R$ 5,46, atingindo seu o maior valor nominal no atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Mais cedo, a moeda americana havia chegado a R$ 5,385 na mínima do dia, em meio ao otimismo com a decisão unânime do Copom (Comitê de Política Monetária) de manter a Selic (taxa básica de juros) em 10,5% ao ano. Mas críticas do presidente da República ao colegiado do Banco Central e uma piora no ambiente externo fizeram a divisa subir.

“A decisão do Banco Central foi investir no sistema financeiro, nos especuladores que ganham dinheiro com os juros. E nós queremos investir na produção”, disse Lula, em entrevista à rádio Verdinha, de Fortaleza (CE).

Na Bolsa, houve um movimento parecido: o Ibovespa começou o dia em forte alta e ultrapassou os 121.500 pontos na máxima, mas desacelerou e voltou ao patamar dos 120 mil. No fim, fechou em alta de 0,15%, aos 120.445 pontos.

Redação / Folhapress

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