SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Maior nome peso-pesado do boxe do Brasil, Adilson “Maguila” Rodrigues não será lembrado apenas por seus feitos dentro dos ringues. O lutador, que morreu nesta quinta-feira (24), aos 66, também era dono de um carisma singular e se aventurou em diversas áreas depois que deixou o esporte.
Com o apoio da esposa Irani, que passou a gerenciar sua carreira, o sergipano chegou a ser comentarista econômico no extinto programa “Aqui Agora”, do SBT, fez parte do Show Tom, na Record, tentou carreira como cantor de samba e gravou um disco.
O álbum foi lançado em 2009, intitulado Vida de Campeão. A obra contou com 10 faixas, sendo uma autoral, com o mesmo nome do disco, além de outras regravações, como Deixa a Vida Me Levar, de Zeca Pagodinho.
Mesmo quando não tinha contrato fixo com uma emissora, Maguila era presença constante em diversos programas de televisão, contando histórias sobre sua carreira, sempre com humor. Em 2016, durante uma participação no Superpop, comandado por Luciana Gimenez na Rede TV, ele afirmou que fazia abstinência sexual na época em que lutava.
“Ficava sem saliência por 15 dias, caso contrário, eu apanhava”, disse o lutador, arrancando risos da plateia, antes de explicar sua teoria: que a prática do sexo relaxava os músculos e tirava força das pernas.
O sergipano também se envolveu com a política. Foi secretário de Esportes na cidade de Itaquaquecetuba, em São Paulo, mas saiu do posto em 1997, alegando que não havia verba para seu projeto de ensinar boxe às crianças, o que ele acabou conseguindo fazer por meio da ONG que fundou, Amanhã Melhor. Em 2010, ele foi candidato a deputado federal pelo PTN, mas recebeu apenas 2.951 votos. Naquele mesmo ano, Tiririca, então no PR, recebeu 1,3 milhão de votos.
Sua vida fora dos ringues também foi marcada por algumas polêmicas. Em 2009, por exemplo, chegou a ser preso, suspeito de agredir um segurança do Parque Ecológico do Tietê, em São Paulo. Depois, foi levado junto com a vítima ao 10º Distrito Policial, na Penha, onde prestou depoimento e foi liberado.
Redação / Folhapress