Após pagers, walkie-talkies do Hezbollah explodem no subúrbio de Beirute

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um dia após uma sequência de explosões de pagers, que matou 12 pessoas e feriu quase 3.000, walkie-talkies do Hezbollah explodem no subúrbio de Beirute. As informações são da Reuters.

Aparelhos detonaram no final da tarde de quarta-feira (18) em todo o sul do país e nos subúrbios ao sul da capital Beirute.

Pelo menos uma das explosões ocorreu perto de um funeral organizado pelo Hezbollah para os mortos no dia anterior.

A mídia local ainda não divulgou se as novas explosões deixaram vítimas.

EXPLOSÕES DE PAGERS

Subiu para 12 o número de mortos após explosões simultâneas de ‘pagers’ do Hezbollah, no Líbano, na terça-feira (17). Explosões aconteceram de forma simultânea, por volta das 15h45 (horário local). O anúncio foi feito pela televisão estatal iraniana.

Uma fonte próxima ao Hezbollah atribuiu as explosões a um ataque cibernético “israelense”. Segundo o jornal New York Times, os explosivos foram escondidos pelas forças do estado judeu.

Israel não se pronunciou diretamente sobre as explosões. No site das IDF (Forças de Defesa de Israel), há apenas um registro feito às 13h55 (horário local) sobre a identificação “vários terroristas do Hezbollah operando na estrutura militar da organização na área de Blaida, no sul do Líbano”. “Fechando o círculo do ar, caças atacaram o prédio e mataram três terroristas que operavam lá”, diz o registro.

Uma menina de 10 anos, filha de um membro do Hezbollah no Líbano, está entre os mortos. Ela morreu quando o pager de seu pai explodiu, segundo sua família. Entre os mortos também estão os filhos de dois deputados do Hezbollah, Ali Ammar e Hassan Fadlallah, disse à AFP uma fonte.

O embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amani, ficou ferido em uma das explosões. De acordo com a televisão estatal iraniana, o diplomata “está consciente”. Na Síria, 14 membros do Hezbollah também ficaram feridos, afirmou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Os Estados Unidos advertiram o Irã para “não aumentar as tensões” na região. O Brasil condenou o ataque.

Maioria das vítimas apresenta ferimentos “no rosto, nas mãos, no abdômen e até mesmo nos olhos”. Não houve comentário imediato das Forças Armadas israelenses, que vêm trocando disparos com o Hezbollah desde outubro passado, paralelamente à guerra de Gaza.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um dispositivo explodindo no bolso de um homem. Ele estava dentro de um mercado em Beirute. Fotógrafos da agência de notícias Associated Press nos hospitais da região descreveram que as urgências estavam sobrecarregadas de doentes, muitos deles com ferimentos nos olhos, na barriga e nas mãos e alguns em estado grave.

Redação / Folhapress

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