MACEIÓ, AL (FOLHAPRESS) – O acordo para levar Vinicius Junior à Arábia Saudita é considerado difícil para esta janela de transferências. Ele ganharia R$ 6 bilhões (1 bilhão de euros) entre salário, bônus e premiações pelo período que iria até junho de 2029 –ou seja, R$ 1,2 bi (200 milhões de euros) por ano no Al Ahli, time em que o brasileiro Roberto Firmino também atua. O montante é 13 vezes o que está previsto para ele receber no Real Madrid até junho de 2027 (a média é de 15 milhões de euros por temporada).
Fontes ouvidas pela Folha indicam que o acordo tem chance de ser selado, mas que a proposta sequer foi formalizada. A negociação é considerada “extremamente complexa” por conta do fechamento da janela europeia, marcada para 30 de agosto, e envolve diversas variáveis. O projeto é conhecido pelo estafe do jogador, mas sem os valores postos em papel, além da negociação ou pagamento da multa de R$ 6 bilhões (1 bilhão de euros) ao Real Madrid, que por enquanto sinaliza negativamente para qualquer valor menor do que esse.
A ideia é que Vinicius Junior se torne um embaixador da Copa do Mundo de 2034 e da Liga Saudita, que conta com estrelas como Neymar e Cristiano Ronaldo. Além disso, são ofertados ao brasileiro um cargo para o pós-carreira e a liberdade de voltar à Europa em 2029, antes dos 30 anos.
Por conta da ótima temporada, o brasileiro é considerado favorito ao prêmio de melhor do mundo. A preocupação é que uma saída do futebol europeu à beira da divulgação dos finalistas (marcada para 4 de setembro) possa prejudicar as chances dele. A cerimônia está marcada para 28 de outubro.
Nesta terça-feira (13), o técnico Carlo Ancelotti tentou colocar panos quentes na situação e diminuiu um possível perigo que a Arábia Saudita possa proporcionar às ligas europeias.
“São especulações, nada além disso. Dará o melhor aqui, como sempre fez”, respondeu em um primeiro momento.
“[A Arábia Saudita] Não é uma ameaça, temos muita qualidade no elenco. Perdemos jogadores importantes, mas também chegaram outros muito bons”, completou.
Caso concretizada, a negociação por Vini se tornará a maior do futebol mundial com sobras. No momento, o topo é ocupado pela saída de Neymar do Barcelona para o PSG. Ele foi vendido à época por 222 milhões de euros (R$ 1,3 bilhão na cotação atual).
JOSUÉ SEIXAS / Folhapress