Argentino do Cruzeiro vê Brasil mais forte economicamente e competitivo

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O volante argentino do Cruzeiro, Lucas Romero, foi entrevistado pelo diário argentino Olé, e revelou para ele, o que explica o domínio dos clubes brasileiros nas competições sul-americanas:

Romero falou sobre ser um argentino em um clube brasileiro, e exaltou o fato de ser o estrangeiro que mais atuou pela camisa do Cruzeiro.

O argentino foi entrevistado uma semana antes da final da Copa Sul-Americana, em que o Cruzeiro, seu time, enfrentará no próximo sábado (23), o Racing (ARG), em Assunção, às 17h. O Racing é “inimigo íntimo” para o volante, que atuou por 4 anos pelo maior rival, o Independiente.

Dentre os principais assuntos da entrevista, Romero citou o que para ele, é o grande motivo da hegemonia do futebol brasileiro no continente: a competitividade do Campeonato Brasileiro.

Quando perguntado o porquê da competitividade, Romero cita mais uma vez a questão do rebaixamento. A discussão entrou em voga entre os argentinos por conta da suspensão do descenso na temporada 2024 do Campeonato Argentino, que terá 30 clubes na elite no ano que vem.

Apesar das críticas ao calendário brasileiro, o volante declarou ao Olé que gosta do número de jogos alto no país, e disse que “isso exprime ao máximo como atleta e profissional”.

“Cheguei a 200 jogos e isso me enche de felicidade porque me faz o estrangeiro com mais jogos na história do clube, superei Ariel Cabral, com quem dividi time aqui e no Vélez podendo fazer parte da história de um clube em que jogaram Perfumo, Sorín… é um orgulho”, disse Romero.

“O argentino sempre competirá porque traz de dentro um extra que o torna competitivo. Na Sul-Americana aconteceu que enfrentamos Boca, Libertad e Lanús, que são times com muita história. Acredito que a diferença entre Argentina e Brasil é grande economicamente. Você vê o time do Botafogo ou o time do Flamengo, que comprou o Alcaraz da Juventus. O Cruzeiro comprou Kaio Jorge, que estava na Juve e tem 22 anos, então ainda é um ativo. neste sábado (16) o Brasil compra na Europa. A Argentina cresceu em termos de estrutura de clubes, mas aqui também há um lado muito competitivo em que os quatro últimos vão para a [Série] B.”

“Aqui você está sempre ativo por causa da concorrência. Da [segunda] partida com o Lanús até a final com o Racing são cinco jogos, adoro isso porque tira o máximo proveito de você como atleta e profissional. Se no Brasil você não é profissional 24 horas por dia, não dá para você. Jogamos 10 jogos em um mês. Você não pode dar nada, nem mesmo um cochilo. Fui muito bem no México, onde também há concorrência e orçamentos altos, mas não é a demanda que temos no Brasil, é um dia-a-dia diferente”, falou o jogador em entrevista ao Olé.

Redação / Folhapress

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