LONDRES, INGLATERRA (FOLHAPRESS) – A associação americana de AVC publicou novas recomendações para a prevenção e o tratamento do acidente vascular cerebral e incluiu remédios do tipo GLP-1, composto do Ozempic.
A organização, parte da American Heart Association, afirma que esses remédios “demonstraram ser efetivos para a diminuição do peso e do risco de doenças cardiovasculares e derrames”, e que “com base em dados robustos, passamos a recomendar o uso dessas drogas em pacientes com diabetes e alto risco cardiovascular, ou doença cardiovascular estabelecida”.
O Ozempic, medicamento injetável à base de semaglutida foi formulado para diabetes tipo 2, mas se popularizou para tratar obesidade. Um outro remédio com o mesmo principío ativo, chamado Wegovy, foi autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 2023.
O documento é a primeira mudança da organização nas orientações para prevenção de AVC em dez anos. Além da inclusão do GLP-1, o documento enfatiza a necessidade de rastreamentos de rotina.
A associação também incluiu recomendações específicas para mulheres, como rastreamentos de fatores de risco aumentado, como certos anticoncepcionais hormonais e pressão alta durante a gravidez.
Além disso, a organização recomenda que médicos façam rastreamentos de rotina em mulheres trans e outros pacientes que façam uso de estrogênio, o que pode aumentar o risco de AVC.
A associação incluiu recomendações específicas para mulheres, como rastreamentos de fatores de risco aumentado, como certos anticoncepcionais hormonais e pressão alta durante a gravidez.
Além disso, a organização recomenda que médicos façam rastreamentos de rotina em mulheres trans e outros pacientes que façam uso de estrogênio, o que pode aumentar o risco de AVC.
Estudo publicado neste ano pela revista científica The Lancet Neurology mostrou que o número de pessoas que tiveram AVC no mundo aumentou em 70% entre 1990 e 2021.
A doença é atualmente a terceira maior causa de mortes em todo o mundo no período analisado, atrás apenas da doença arterial coronariana e da Covid. Em 2021, 7,3 milhões de pessoas morreram por causa de um AVC.
ANGELA BOLDRINI / Folhapress