Associações questionam indicação de servidora do MEC para direção da Ancine

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Entidades audiovisuais questionaram a indicação de Patrícia Barcelos, servidora do Ministério da Educação (MEC), para ocupar uma vaga na direção da Agência Nacional do Cinema (Ancine). Procurada desde a noite de segunda-feira, a autarquia não se manifestou até a publicação da reportagem.

A manifestação se deu por meio de uma carta encaminhada à secretária do Audiovisual, Joelma Oliveira Gonzaga, em que as entidades expressaram “grande preocupação com a possível integração de um profissional especializado em outro segmento para ocupar o cargo vago na diretoria da Ancine”.

Barcelos é diretora de políticas e regulação da educação profissional e tecnológica do MEC. Ela integra o Conselho Superior do Cinema desde 2023, além de participar do Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual desde abril. A servidora foi indicada para assumir a vaga que pertencia a Tiago Mafra, que havia sido nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2021 e cujo mandato está prestes a vencer.

A Ancine é um órgão vinculado ao Ministério da Cultura, responsável por fomentar, regular e fiscalizar o setor audiovisual brasileiro. Dessa forma, estimula o fortalecimento da cadeia produtiva por meio do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), que define estratégias de investimento, monitora e avalia o resultado das ações implementadas através de um comitê gestor.

“Não podemos perder de vista o desafio de incorporar novos atores ao setor, sem contudo estrangular os ganhos históricos de uma política audiovisual forjada em governos democráticos e progressistas, onde pequenos e médios empreendedores e produtores conseguiram viabilizar as suas produções e vêm sendo excluídos dos investimentos do Fundo Setorial do Audiovisual”, afirma a nota das entidades que desaprovam a indicação de Barcelos.

O texto é assinado pela Associação Brasileira de Cineastas (Abraci), Associação Brasileira de Empresas de Animação (Abranima), Associação Paulista de Cineastas (Apaci) e Conexão Audiovisual Centro-Oeste, Norte, Nordeste (Conne).

Procurada pela reportagem, a Ancine não se manifestou a respeito da carta.

Redação / Folhapress

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