Ataque a tiros com morte em Guarulhos deixa marcas no saguão

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Duas marcas de bala e a mensagem: Bem-vindo. Quem entrava no saguão do desembarque do aeroporto de Guarulhos via na placa os sinais do ataque a tiros que deixou um morto e três feridos na tarde desta sexta-feira (8). A polícia investiga se o crime ocorreu a mando do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Os disparos também marcaram colunas e paredes de vidro do saguão.

Atrás da placa de acolhida, passando a porta automática que leva à rua, jazia o corpo, sob manta térmica, retirado por volta das 21h, cinco horas após o crime.

Um vídeo mostra o momento em que homens encapuzados saem de um carro e avançam atirando na direção de um homem, que tenta, mas não consegue fugir. Ele é Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, ameaçado de morte pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que havia desembarcado de uma viagem a Maceió.

As imagens mostram, no meio do tiroteio, passageiros correndo com suas malas e funcionários tentando escapar. Munições de fuzil foram encontradas em um carro apreendido após o crime na região. Testemunhas relataram também uso de metralhadora.

“Só vi o pessoal correndo lá em cima e falando: ‘É tiro,é tiro'”, diz um trabalhador do ternimal que prefere não se identificar. “Eu tava lá pelo lado do mezanino, fazendo manutenção. Me assusto porque poderia ser eu”, afirmou.

“Quando vim aqui embaixo me disseram que o menino que trabalha no aeroporto tava nos 15 minutos de descanso e parece que acertaram a mão dele. Eu era para ter descido também antes, mas acabou que fui fazer outra coisa lá dentro. A gente sai pra trabalhar não sabe se volta”, completou.

O crime aconteceu no desembarque do Terminal 2 por volta das 16h. O setor foi fechado para perícia e os funcionários, orientados a deixar o local e não relatar o ocorrido.

Às 21h30, a administração do aeroporto havia terminado de limpar o local do crime, após liberação da polícia. Foi retirado o isolamento do desembarque e a equipe de zeladoria preparava o setor para reabertura. A área voltou a receber o vaivém dos passageiros.

Com pressa para encontrar o filho, um casal que vindo de João Pessoa se chocou. ‘Ficamos sabendo pela internet. Não ficamos com medo nem nada, mas não achávamos que iríamos sair pelo mesmo lugar dos tiros.’

UESLEY DURÃES / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS