Ataque a tiros deixa 2 mortos e 2 feridos na Terra Indígena Sararé, em MT

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Dois homens foram mortos e outros dois ficaram feridos após um ataque a tiros na Terra Indígena Sararé, no município de Vila Bela da Santíssima Trindade (MT), a cerca de 522 km de Cuiabá. O local onde o crime ocorreu fica em região de garimpo ilegal. A disputa no garimpo é uma das linhas de investigação da Polícia Civil de Mato Grosso.

A polícia afirma que ainda não conseguiu confirmar os nomes das vítimas. Também não há informações sobre quem seriam os atiradores.

“Elas [vítimas] não portavam nenhum documento pessoal, e as pessoas que estavam na região não tinham informações concretas a respeito das identificações. Mas as primeiras informações repassadas aos policiais dão conta de que a motivação foi a disputa ilegal dentro do garimpo da terra indígena”, disse o delegado regional João Paulo Berté.

Informações sobre uma possível chacina chegaram à polícia por mensagens em aplicativos de conversa, e os agentes identificaram a terra indígena nos vídeos, segundo a corporação.

Quando os policiais chegaram ao local do crime, dois homens já estavam mortos. Outros dois feridos a tiros foram encaminhados para um hospital no município de Pontes e Lacerda (MT).

Testemunhas disseram que os atiradores chegaram ao barraco onde estavam as vítimas “agredindo a todos e efetuando disparos”, segundo nota da Polícia Civil de Mato Grosso.

A Terra Indígena Sararé, território dos nambikwaras, abrange os municípios de Conquista D’Oeste, Nova Lacerda, Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade.

A TI Sararé foi o segundo território com mais alertas de garimpo em 2023, e a atividade ilegal tem sido alvo de operações de combate. Em abril, Polícia Federal, Exército, Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), Força Nacional e PRF (Polícia Rodoviária Federal) fizeram uma operação de três dias na região, na qual foram destruídas dezenas de equipamentos.

Operação semelhante, também com destruição de maquinário, foi realizada em dezembro do ano passado.

YURI EIRAS / Folhapress

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