JERUSALÉM, iSRAEL (FOLHAPRESS) – Um ataque terrorista matou uma policial israelense em Beersheva, no centro-sul do país, um dia antes do aniversário de primeiro ano do maior atentado sofrido pelo Estado judeu, perpetrado pelo Hamas palestino.
O incidente ocorreu na tarde deste domingo (6, manhã no Brasil). A vítima se chamava Shira Haya Suslik e trabalhava para a polícia de fronteiras. Ela estava com os outros dez feridos no ataque em um ponto de ônibus na estação central de Beersheva, maior cidade entre o o sul da Cisjordânia, o leste da Faixa de Gaza e o deserto do Negev.
O atacante foi morto pela polícia local e ainda não foi identificado. Na véspera, as Forças Armadas de Israel haviam decretado estado de alerta para ataques terroristas devido ao aniversário do 7 de Outubro.
Além disso, há a tensão devido à escalada do conflito para uma guerra maior, com a ofensiva contra o aliado do Hamas Hezbollah no Líbano e o bombardeio que o Irã promoveu na semana passada.
Eventos de celebração da memória das 1.170 vítimas e protestos por um acordo que solte os talvez 64 reféns ainda vivos em Gaza foram descentralizados por causa desse cenário. Jerusalém, que tem restrições menores para a reunião de pessoas, concentrou atos no sábado (5).
O maior ato planejado para a segunda (7), em Tel Aviv, teve a sua capacidade reduzida de 40 mil para 2.000, todos convidados, devido ao regime de limitação de assembleia. Um dos oradores, Yonatan Shirmaz, disse lamentar que nem a lembrança dos mortos pode ser corretamente ritualizada.
Seu irmão, Alon, era um refém do Hamas que morreu no dia 15 de dezembro ao ser baleado pelo Exército de Israel, que confundiu a ele e outros dois fugitivos após escaparem do cativeiro em Gaza.
Em Tel Aviv e Jerusalém, as principais cidade de Israel, há presença reforçada de policiais nas ruas. O Exército anunciou o envio de reforço para as fronteiras de Gaza, onde está promovendo uma nova invasão terrestre, para salvaguardar as múltiplas cerimônias que devem ocorrer nas 17 comunidades da região que foram invadidas pelo Hamas.
O presidente do país, Isaac Herzog, começou uma viagem por alguns dos locais. Ainda não está definido o que fará o premiê Binyamin Netanyahu, até pela mudança dos eventos devido às regras de segurança.
Ele voltou a ser duramente criticado pelo fórum dos parentes dos mortos e reféns pelo que chamaram de “inaceitável demora” em costurar um acordo que possa libertar os talvez 64 cativos que ainda estão com vida, na estimativa do governo.
Ainda neste domingo, a programação de eventos incluiu uma reunião de sobreviventes no local da rave Nova, perto de Gaza, onde 383 morreram, e a projeção de um documentário do governo para diplomatas e jornalistas sobre o 7 de Outubro.
IGOR GIELOW / Folhapress