BAKU, AZERBAIJÃO E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que o episódio das explosões na praça dos Três Poderes em Brasília na noite de quarta-feira (13) é triste, grave e deverá ser apurado de maneira extremamente célere e rigorosa.
Alckmin falou sobre o atentado a jornalistas em Baku, capital do Azerbaijão, onde participa da COP29, a cúpula de clima da ONU.
“Triste e grave. Triste pela perda de vida e grave por ser um atentado a uma instituição da República, Poder da República, e que deve ser apurado com extrema rapidez e com extremo rigor. E é isso que acredito que os órgãos de segurança o farão”, disse Alckmin.
Indagado sobre se as explosões mostram que não está extinto o risco de repetição de atos de vandalismo como os ocorridos em Brasília em 8 de janeiro de 2023, o vice-presidente disse que é preciso haver uma atuação permanente das autoridades para evitar tais episódios.
“Olha, é permanente o trabalho no sentido de reduzir essas violências, esses atos absurdos que comprometem a paz, a democracia e a segurança. Mas nós temos instituições sólidas e a apuração será rigorosa”, afirmou.
O homem que se explodiu na praça dos Três Poderes, em Brasília, e que detonou o próprio carro a cerca de 300 metros da Esplanada dos Ministérios já foi candidato a vereador pelo PL em Santa Catarina e esteve no STF (Supremo Tribunal Federal) em agosto.
Francisco Wanderley Luiz, 59, é chaveiro e disputou a eleição de 2020 com o nome de urna Tiü França, em Rio do Sul (SC), mas não foi eleito. Antes de morrer, publicou uma série de mensagens sobre o ataque, misturando declarações de cunho político e religioso.
O corpo de Francisco seguiu na praça dos Três Poderes no começo da manhã e foi removido pouco após as 9h.
De madrugada, um imóvel em Ceilândia, região administrativa de Brasília, foi alvo de buscas e de varredura por ser ligado a Francisco. O boletim de ocorrência sobre a explosão no STF indica o local como “possível endereço” dele.
Como alguns artefatos suspeitos foram encontrados, o GBE (Grupo Especializado em Bombas e Explosivos) da Polícia Federal foi acionado, com agentes e equipamentos utilizados em casos de ameaças de bomba.
Às 3h, duas pequenas explosões foram ouvidas, seguidas de fumaça vindo do imóvel. Normalmente, essas explosões controladas são utilizadas para inviabilizar o possível artefato explosivo.
Um segurança do STF, Natanael Carmelo, foi testemunha do momento da explosão, segundo boletim de ocorrência da Polícia Civil do Distrito Federal.
Em depoimento, o segurança disse que “o indivíduo trazia consigo uma mochila e estava em atitude suspeita em frente à estátua, colocou a mochila no chão, tirou um extintor, tirou uma blusa de dentro da mochila e a lançou contra a estátua”.
Redação / Folhapress