SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Intérprete do Primo Cícero na novela “No Rancho Fundo”, que estreará no próximo dia 15, às 18h, na Globo, o ator cearense Haroldo Guimarães, 46, resolveu fazer um desabafo durante coletiva de imprensa da trama de Mario Teixeira. Ele ficou na bronca sobre as críticas de parte do público a respeito de como o povo nordestino é retratado na história.
No início de março, a primeira foto divulgada da novela causou polêmica nas redes sociais. Para algumas pessoas, a caracterização dos atores pareceu explorar um estereótipo do povo nordestino.
A imagem mostrava o elenco, incluindo os atores Alexandre Nero, Andrea Beltrão e Mariana Lima, além de Igor Jansen e Larissa Bocchino, vestindo roupas velhas e com um semblante sofrido.
Conhecido da produção “Cine Holliúdi”, Haroldo pediu mais respeito. “Teve ator de 20 anos que tentou me dar aula sobre atuação. Eu sou ator desde 1993, mas só agora tive meu reconhecimento. Também tentaram dar aula sobre como é ser nordestino, sendo que eu sou de lá”, começou o ator, que também é advogado.
“Falaram que os atores da foto eram sujos e miseráveis. E teve jornalista grande que usou disso para ganhar likes, engajamento, cliques. É um absurdo”, emendou.
Um dos comentários da foto, publicada no X, dizia: “Em pleno 2024, um povo sujo e miserável com nome estranho é como querem representar o povo nordestino na TV… Que vergonha viu”, escreveu um internauta.
Na opinião do diretor artístico, Allan Fiterman, “No Ranco Fundo” tem o intuito de representar o povo brasileiro. “É uma novela que tem humanidade em seus personagens, que retrata uma família simples que, na verdade, é a mais rica em valores. Isso vai transcender pobreza ou riqueza.”
A história narra a vida da família simples de Zefa Leonel (Andrea Beltrão), que após muitas dificuldades encontra uma pedra preciosa que pode mudar a vida de todos.
Já Primo Cícero é um parente distante de Seu Tico Leonel (Alexandre Nero), marido de Zefa. Apesar de severo, sofre forte influência das suas três filhas, as fofoqueiras Fé (Rhaisa Batista), Esperança (Andréa Bak) e Caridade (Clara Moneke).
Fé, a filha mais velha, não consegue viver seus romances. Esperança, a do meio, aproveita a confiança do pai para se fazer de santa e tirar vantagem. Já Caridade, a caçula, é moderna, irreverente e de pavio curto, e promete se casar com quem quiser para afrontar Cícero.
Redação / Folhapress