SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um avião da Voepass teve um problema em pleno voo e precisou retornar ao aeroporto de onde havia decolado no interior de Minas Gerais, na tarde desta terça-feira (10).
A aeronave ATR é semelhante a que caiu em Vinhedo (SP), no dia 9 do mês passado, matando todas as 62 pessoas que estavam a bordo.
Segundo a companhia aérea, o voo 2231 decolou da cidade de Ipatinga com destino ao aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, mas apresentou uma ocorrência técnica.
A empresa não informou qual foi o problema, mas disse que seguindo os procedimentos de segurança, o avião retornou para o Aeroporto Regional do Vale do Aço.
“Após os reparos provisórios realizados em Ipatinga, a aeronave seguiu em um voo de traslado, sem passageiros, com destino a Congonhas”, disse.
De acordo com a Voepass, o avião já foi reparado e retornou para a frota operacional da empresa.
Em nota, ela disse que o envio de aeronaves para manutenção faz parte da rotina de todas as companhias aéreas do mundo.
“Em hipótese nenhuma os aviões da empresa decolam sem estar em estrita conformidade com o que estipulam o fabricante do ATR e dos órgãos reguladores”, afirmou trecho do texto.
Quanto aos passageiros, a empresa disse ter seguido normas da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), mas não informou se eles foram colocados em uma outra aeronave para chegar à capital paulista.
No último dia 15 de agosto, um avião ATR da Voepass fez um pouso de emergência em Uberlândia (MG). Na época, a empresa explicou que ocorreu um pico de energia e que, por isso, o piloto optou por um pouso alternado.
O voo, procedente de Rio Verde (GO), iria para o aeroporto internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, quando os pilotos identificaram “uma questão técnica”, segundo a empresa, fazendo o pouso na cidade mineira
A Voepass deixou de operar algumas rotas desde a queda do voo 2283. Desde o último dia 2, nenhum avião da companhia decola ou pousa em Cascavel –de onde partiu a aeronave que se acidentou no interior paulista.
Com uma aeronave a menos em sua frota, a companhia afirmou que foi necessário realizar uma readequação em sua malha.
Desde 9 de agosto, data do acidente, a Voepass deixou de operar em Fortaleza, Confins (MG) e Porto Seguro (BA). A partir de 26 de agosto, a companhia cancelou pousos e decolagens também em Salvador, Natal e Mossoró (RN). Já em 2 de setembro foi suspensa a operação em São José do Rio Preto (SP), Cascavel (PR) e Rio Verde (GO).
A medida, segundo a Voepass, visa garantir “uma melhora significativa na experiência dos passageiros, minimizando eventuais atrasos e cancelamentos”.
Redação / Folhapress