SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um avião bimotor, avaliado em R$ 2,2 milhões, foi incendiado horas após de ter sido apreendido pela Polícia Federal, no aeroporto de um garimpo em Itaituba, sudeste do Pará. A operação ocorreu na madrugada da sexta-feira (31).
Os pilotos haviam sido presos em flagrante antes do incêndio, segundo a polícia. Eles foram encaminhados ao posto da Polícia Federal em em Itaituba, no Pará, que integra a delegacia de Santarém.
Fogo começou por volta das 3h40, aponta PF. A causa do incêndio da aeronave ainda é desconhecida. O avião havia saído de Balsas, no Maranhão, com paradas em Confresa, no Mato Grosso e em Novo Progresso, no Pará.
PF suspeita que os pilotos façam parte de uma organização criminosa. Segundo a PF, a organização decidiu incendiar a aeronave para eliminar provas. Uma equipe foi ao local para fazer perícia sobre os destroços do veículo e colher informações que possam levar aos autores do crime.
DROGAS LEVADAS AO GARIMPO
Suspeita de que avião pousaria em garimpo de município de Itaituba. A ação teve início na quinta-feira (30) com a informação de que a aeronave com droga pousaria no aeroporto do garimpo do Creporizão. O distrito pertence à cidade de Itaituba, mas fica a cerca de 10 horas de distância por meio de estradas, segundo a polícia.
Galões de diesel e gasolina foram encontrados na aeronave. “Ao confirmarem que a aeronave estava clonada, policiais militares acionaram a PF, responsável por apurar esse tipo de crime”, informou a PF por meio de nota. Na revista ao avião, modelo Beech Aircraft, não foi localizada droga.
Piloto estava com certificado vencido e não podia pilotar desde 2020, aponta PF. “Ele e o copiloto tinham sido presos por tráfico de drogas, respondem na Justiça pelo crime e operavam avião clonado sem plano de voo”, disse a Polícia Federal.
Piloto e copiloto autuados por “expor a perigo a segurança do transporte aéreo e adulterar sinal identificador de veículo automotor”. A polícia informou ainda que a Justiça confirmou a prisão, em audiência de custódia, e os presos permanecem na Unidade de Custódia e Reinserção de Itaituba.
Redação / Folhapress