SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma vendedora baiana resolveu produzir e comercializar acarajés na cor rosa em homenagem ao filme “Barbie”, cuja estreia acontece nesta quinta-feira (20). Porém, o fato tem causado a ira da ABAM (Associação Nacional das Baianas de Acarajé).
Por meio das redes sociais, Rita Santos, coordenadora nacional da entidade, demonstrou seu desprezo pelo trabalho da vendedora, que ela se recusa a chamar de baiana.
“Ressaltamos que o acarajé possui especificidades invioláveis e segue preservado como Patrimônio Cultural Imaterial e salvaguardado por nós. Logo, é inegociável que suas características sejam alteradas”, começou.
“Não podemos chamar essa pessoa de baiana. Existe a baiana que preserva e valoriza nossos antepassados e as que vendem só pelo dinheiro. Ela é esse caso. Não valoriza nosso legado, afirmou Rita, que também chamou a iguaria comercializada de “bolinho de feijão”.
Pelas redes sociais, a baiana Adriana Ferreira rebateu e disse que tudo não passa de uma brincadeira com prazo para terminar. Ela afirma que foi desafiada a produzir o acarajé nessa cor e que gostou da ideia.
“Esse acarajé eu não vou comercializar, a gente sabe qual é a tradição, eu trabalho com isso há 16 anos. É uma brincadeira até o dia da estreia”, disse.
A profissional aponta ainda que apenas quis usar de sua criatividade para atrair novos clientes e que isso tem acontecido. “Existem anos, lutas, dedicações, conquistas, capricho, muito amor e êxito. Nunca foi e nunca será fácil a minha jornada. Mas desistir nunca foi uma opção, estarei aqui para enfrentar com inteligência cada obstáculo.”
Redação / Folhapress