SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A travessia entre Tocantins e Maranhão por balsas, anunciada na semana passada, ainda não começou a operar pela falta de documentos que comprovem o cumprimento de exigências de segurança, informou a Marinha do Brasil.
A promessa era de que o serviço de balsa começasse a ser oferecido na última terça-feira (31). Em nota nesta sexta-feira (3), no entanto, a Marinha informou que o Governo do Tocantins ainda não enviou a documentação necessária que garanta a segurança da estrutura.
O órgão disse ainda entender o caráter emergencial e prioritário da aprovação. ”Entretanto, a Autoridade Marítima não pode abdicar do estrito cumprimento das normas relativas à segurança da navegação, priorizando a salvaguarda da vida humana, com a finalidade de evitar novas ocorrências trágicas na região”, acrescentou.
Algumas das exigências são:
– A construção de rampas de acesso em cada margem do rio Tocantins para embarque e desembarque com segurança dos veículos que serão transportados.
– A construção de pontos fixos de amarração, em terra, para que o comboio balsa/empurrador permaneça estabilizado e bem amarrado à margem.
– A preparação de um local adequado e próprio para o transporte dos motoristas e passageiros dos veículos transportados, uma vez que não poderão realizar a travessia dentro dos seus automóveis, por questões de segurança.
– A equipação da balsa com material de resgate compatível, em conformidade com o previsto na NORMAM-202.
A reportagem entrou em contato com o Governo do Tocantins para comentar o caso. Até o momento, não houve retorno, mas o espaço segue aberto para manifestação.
A passagem pelo trecho da BR-226, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreia (MA) foi suspensa no dia 22 de dezembro. Com a medida, pedestres, automóveis, caminhonetes e caminhões poderiam realizar a travessia por balsas – serviço que seria operado pela empresa de balsas Pipes Navegações.
LUANA TAKAHASHI / Folhapress