Banco Central libera consulta a valores esquecidos de empresas com CNPJ inativo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Banco Central abriu, nesta terça-feira (3), a consulta para empresas que fecharam verificarem se há dinheiro esquecido no SVR (Sistema de Valores a Receber). No total, o sistema tem R$ 8,5 bilhões esquecidos por pessoas físicas e jurídicas.

O representante legal da empresa fechada pode entrar no sistema com a conta pessoal gov.br –nível de segurança ouro ou prata– e assinar um termo de responsabilidade para consultar se há dinheiro que ficou parado em bancos, administradoras de consórcios, cooperativas, financeiras e corretoras, por exemplo.

No SVR, será informado em qual instituição estão os valores da empresa com o CNPJ inativo, os dados de contato, a faixa e a origem do valor. O BC ressalta que não será possível solicitar o valor diretamente pelo sistema.

O representante legal da empresa encerrada deverá entrar em contato com a instituição indicada para combinar a forma de apresentar a documentação necessária para comprovar sua identidade.

Até então, o acesso ao SVR não era disponibilizado para empresas encerradas porque as companhias com CNPJ inativos não têm certificado digital (e-CNPJ), requisito para acesso ao sistema, que é feito exclusivamente por meio da conta gov.br.

De acordo com a última atualização do BC, com dados de junho, 41 milhões de pessoas físicas ainda têm dinheiro a receber, um montante de R$ 6,6 bilhões, além de 3,4 milhões de empresas, no total de R$ 1,9 bilhão.

Os bancos lideram o volume de dinheiro esquecido, seguidos por administradoras de consórcios, cooperativas, instituições de pagamento, financeiras e corretoras.

A maior parte dos beneficiários tem acesso a menos de R$ 100 esquecidos. Enquanto uma pequena parcela de pessoas possui acima de R$ 1.000. Confira como foi feita a divisão:

– Até R$ 10: 32.362.481 beneficiários;

– Entre R$ 10,01 a R$ 100: 12.850.764 beneficiários;

– Entre R$ 100,01 a R$ 1.000: 5.151.203 beneficiários;

– Acima de R$ 1.000,01: 924.893 beneficiários

O beneficiário com valores a receber em mais de uma faixa é contado mais de uma vez.

NATHALIA GARCIA / Folhapress

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