Bandeiras proíbem pagamento de bets com cartão de crédito desde terça (1º)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) adiantou para a terça-feira (1º) a proibição do uso do cartão de crédito como meio de pagamento em apostas e jogos online. A decisão foi tomada em reunião extraordinária, com representantes de Visa, Mastercard, Elo, American Express, além de bancos e meios de pagamento.

A regulação do setor sob responsabilidade da Fazenda já proibirá a modalidade de pagamento em bets a partir do próximo dia 1º de janeiro. Ainda serão permitidos o uso de Pix, TED, boleto e cartões de débito ou pós-pagos para fazer apostas.

Embora não exista informação oficial sobre os meios de pagamentos usados no jogo, dados setoriais indicam que cerca de 90% das apostas são feitas com Pix. A Abecs diz que “o uso do cartão de crédito dentro desse segmento se revelou inexpressivo”.

Em nota, a entidade afirma que baseou a sua decisão “na crescente preocupação do setor de cartões em torno da prevenção ao superendividamento da população e do crescimento das apostas online no país”.

No último dia 25, as duas principais entidades do setor de apostas online -ANJL (Associação Nacional de Jogos e Loterias) e IBJR (Instituto Brasileiro de Jogo Responsável)- afirmaram que seus associados deixariam de aceitar pagamentos via cartão de crédito. O setor reforça que a adoção da modalidade é baixo.

Empresas de pagamento que atuam com as bets afirmam que já evitavam aceitar pagamento com cartão de crédito pelo alto índice de cancelamentos a pedido do apostador. Esse comportamento geraria um risco para o iniciador de pagamento.

Porém, a proibição do uso de cartões de crédito para o pagamento das apostas é demanda de varejistas e do setor bancário. Um dos temores é o de aumento da inadimplência, que pode ter consequências mais graves nessa modalidade de pagamento.

Pesquisa do Instituto Locomotiva divulgada em agosto mostra que 86% dos apostadores brasileiros têm dívidas e 64% estão com o nome sujo.

Redação / Folhapress

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