BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A base aérea de Canoas (RS), na região metropolitana de Porto Alegre, recebe os primeiros voos comerciais nesta quarta-feira (22). As companhias aéreas começam a vender bilhetes de viagens com origem e destino ao aeroporto a partir desta terça (21).
No início da operação, serão 18 voos semanais. A partir da próxima semana, o governo espera ampliar para 35 voos por semana. O anúncio foi feito pelo ministro Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional).
Serão 98 voos em outros seis aeroportos do Rio Grande do Sul e 35 na base aérea de Canoas. A expectativa é atender em torno de 6.000 passageiros por semana em Canoas e 30 mil no estado.
O terminal servirá para operações civis, para transporte de passageiros e cargas, enquanto perdurar o estado de calamidade pública no estado.
O Aeroporto Internacional Salgado Filho, na capital gaúcha, foi atingido pelas enchentes no início do mês. Na última terça (14), a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) suspendeu a venda de passagens aéreas para voos com origem e destino ao Salgado Filho por prazo indeterminado.
“Só vamos fazer uma leitura mais clara do aeroporto de Porto Alegre quando a água baixar. Hoje a gente começou a ver pela primeira vez parte da pista. Esperamos que nos próximos dias toda a água saia e a partir daí esperamos ter uma resposta ao povo do Rio Grande do Sul”, disse Góes.
A Anac autorizou o uso da base aérea de Canoas para voos comerciais na última sexta (17), após reunião extraordinária da diretoria do órgão.
O Ministério de Portos e Aeroportos encaminhou um ofício à Fraport Brasil questionando o interesse e a disponibilidade da concessionária do Aeroporto Salgado Filho em operar emergencialmente no local, e a empresa confirmou.
A pasta anunciou, em 9 de maio, a criação de uma malha aérea emergencial para atender a população gaúcha. O plano abrange seis aeroportos no Rio Grande do Sul (Caxias do Sul, Santo Ângelo, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria e Uruguaiana), além da base aérea de Canoas e dos terminais catarinenses de Florianópolis, Chapecó e Jaguaruna.
ANA POMPEU / Folhapress