Belo Horizonte vai abrir três hospitais temporários para atender pacientes com dengue

BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou a abertura de três hospitais temporários para ampliar o atendimento a pacientes com dengue na cidade. No último dia 17, o município decretou estado de emergência em saúde por conta da doença, que já causou cinco mortes na capital mineira.

O total de casos confirmados da doença em Belo Horizonte em 2024, segundo o último boletim epidemiológico, divulgado nesta terça (20), é de 4.786, ante 3.718 do relatório anterior, publicado quatro dias antes, uma alta de 28,75%. Há ainda 18.528 casos suspeitos pendentes de confirmação.

Assim como Belo Horizonte, Minas Gerais também decretou estado de emergência por causa da dengue, o que ocorreu em 27 de janeiro. O estado tem 86.184 casos da doença e 26 mortes. Outros 147 óbitos estão sob investigação.

A prefeitura afirma estar em negociação com entidades parceiras e com o governo do estado para definição dos locais que poderão abrigar os hospitais temporários. Já é certo, porém, que ficarão nas regionais Barreiro, Venda Nova e Centro-Sul.

O Barreiro é a regional com o maior número de casos confirmados, 857 ou 17,9% dos 4.786 registros na capital.

Segundo o secretário municipal de saúde, Danilo Borges Matias, a decisão de abrir as unidades foi tomada porque deverá haver pressão maior no atendimento do serviço de saúde municipal nos próximos dias.

“Em janeiro dissemos que estaríamos atingindo elevado número de casos dentro de algumas semanas. Isso se concretizou e a gente deve enfrentar nas duas próximas semanas uma pressão muito forte por atendimento no nosso sistema de saúde”, afirmou o secretário, no anúncio dos hospitais temporários, na segunda (19).

A secretaria municipal disse não usar a expressão “hospitais de campanha” para a iniciativa que pretende tomar, mas não explicou a diferença na comparação com “hospitais temporários”.

A intenção da secretaria é que pacientes com dengue que necessitem de tempo maior sob observação, sendo, por exemplo, hidratados com soro na veia, utilizem os hospitais temporários. Dessa maneira, outras unidades de saúde como postos e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), seriam desafogadas.

A prefeitura ainda não sabe qual a capacidade de cada estrutura, o que vai depender do local onde cada uma irá funcionar. “A ideia é que o paciente fique nessa unidade, para que a gente ganhe tempo e otimize recursos”, disse o secretário.

No último final de semana, 12 unidades de saúde da cidade atenderam 2.435 pessoas com sintomas de dengue, chikungunya e zika. Nos dados não estão incluídos os acolhimentos feitos nas nove UPAs da capital.

LEONARDO AUGUSTO / Folhapress

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