Bento já projeta saída para Europa após seleção aumentar assédio e cobrança

ORLANDO, EUA (UOL/FOLHAPRESS) – O goleiro Bento não esconde que a cobrança por boas atuações mudou de patamar após jogar os dois amistosos contra Inglaterra e Espanha com a seleção brasileira. Ainda assim, o goleiro do Athletico-PR revelou que ainda tem certa vergonha de fazer perguntas para o ídolo Alisson nos treinamentos.

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Cobranças e assédio

“Aumentou o assédio. Impossível não mudar isso, principalmente pela boa imagem que eu deixei. Foram dois grandes amistosos, contra duas grandes seleções e a responsabilidade aumentou mais ainda no meu clube. Goleiro de seleção tem que representar à altura. Espero seguir um grande trabalho, goleiro tem que manter a regularidade. A responsabilidade aumentou e estou gostando”

Europa

“Pra mim, o futebol europeu é diferente do futebol brasileiro e sul-americano. Os melhores jogadores do mundo estão atuando na Europa, isso quer dizer que o futebol europeu vai ser o melhor do mundo. Espero logo estar atuando no futebol europeu. Se chegar uma proposta vou pensar com muito carinho e pensar no futuro. É jogando que a gente chega na seleção e se eu sair quero continuar jogando para seguir na seleção”

Alisson como ídolo

“Fico meio receoso de perguntar. É a segunda oportunidade que eu tenho de trabalhar com ele. Tenho um pouco de vergonha, não é todo dia que a gente vê um ídolo assim pertinho. Vou me soltando aos poucos, conversando aos poucos, já falamos sobre família também. E a experiência eu posso pegar no dia a dia, treinamentos. Posso perguntar, falar alguma coisa e aproveitar ao máximo esse momento. É um ídolo para mim, uso de espelho e espero trilhar os passos dele aqui na Seleção também”

Titularidade

“Disputar com o Alisson que é um ídolo pra mim, cresci vendo jogar, é muito gratificante. Se tiver oportunidade de jogar, espero poder ter o mesmo nível de partida que consegui apresentar nos últimos jogos da seleção. Mas não passaram nada ainda (sobre jogar).”

Aniversário

“Comemorar o aniversário na seleção, costumam dizer que é um presente. Realizando o sonho de estar aqui, disputar uma copa América. Ficamos longe da família, mas no futebol é normal comemorar essas datas longe da família. Pessoal me acolheu bem e está tornando esse dia especial. Com 25 anos, é dar o melhor nos treinamentos, me condicionar da melhor forma e se isso me colocar em condições de ser titular da seleção, tenho certeza que o Dorival vai tomar a melhor decisão.”

Saída de bola

“O que ele sempre pede desde quando conheci é simplificar o máximo possível. Ali pertinho do gol, a torcida fica ansiosa porque se o goleiro perder a bola a chance de sofrer o gol é muito alta. O Dorival pede para simplificar ao máximo e isso ajuda bastante. Uma vez ou outra, temos que dar um passe mais arriscado e cada um vai tomar a melhor decisão no momento. Ninguém quer por em risco a meta brasileira. Tenho certeza que todo mundo vai dar o melhor para qualificar a saída de bola e melhorar o nosso jogo.”

Ambiente fora de campo

“Ajuda bastante em uma competição curta como a Copa América. Criar o máximo de laços possível, dentro de campo são 11 que jogam, mas às vezes as coisas mudam durante a competição e ter bons laços é o diferencial. Seleção é jovem, mas muito comprometida e experiente com jogadores de alto nível. Levar a amizade para dentro de campo porque vai ser diferencial pra gente.”

Vini Jr.

“Luta correta. Falaram para ele continuar só jogando, e não é assim, tem que realmente brigar. Ele está em uma boa briga e isso não pode deixar passar, não podemos tampar os olhos quanto a isso. Fico feliz com a decisão, é um bom início e tenho certeza que vão pensar duas vezes antes de cometer esse ato que não é tolerável. Solidarizar com o Vini.”

Ganhar um título

“Quando se trata de Brasil, sempre entramos como favoritos. Responsabilidade enorme, vai ser um jogo para corrigir erros do jogo passado e continuar melhorando o que a gente acertou. Provavelmente com uma equipe diferente, mas o padrão igual de intensidade. Já sabemos como é a seleção em cobrança e nesta segunda-feira (10) entendo mais ainda.”

Jogar com os pés

“Já vem de muitos anos esse trabalho com os goleiros. Futebol mudou e evoluiu. Toda equipe já exige de alguma forma, no Athletico não é diferente. Aqui não é diferente. Um trabalho integrado.”

Alisson

“Não tem nada específico. A gente conversa o que vem na mente no dia a dia. Falamos sobre família, tenho uma filha, estou esperando a segunda… Ele também tem filhos e conversamos sobre isso. Já tive a oportunidade de falar sobre ele em outras entrevistas. Sempre admirei a maneira dele se comportar, como ele fica e passa tranquilidade quando o jogo está pegado. É uma das coisas que admiro e tento repetir. Cada um tem sua maneira de jogar e tento repetir o nível de qualidade dele.”

EDER TRASKINI / Folhapress

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