PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) – Bia Ferreira, 31, garantiu pelo menos a medalha de bronze no boxe, categoria 60 kg, mas quer “a mãe de todas, dourada”, a medalha de ouro. E quer vingança.
Na semifinal olímpica, ela vai enfrentar sua algoz na disputa do ouro três anos atrás, em Tóquio, a irlandesa Kellie Harrington, 34. Quem perder fica com a medalha de bronze, pois no boxe não há disputa do terceiro lugar.
A luta está marcada para sábado (3), às 17h (horário de Brasília).
Beatriz Ferreira durante preparação para os Jogos de Paris Amanda Perobelli – 8.jul.2024 Reuters Beatriz Ferreira durante preparação para os Jogos de Paris **** Nas quartas de final, nesta quarta-feira (31), na Arena Paris Norte, a pugilista baiana derrotou sem dificuldade a holandesa Chelsey Heijnen. Os cinco jurados deram a vitória a Bia nos três assaltos.
A holandesa passou a luta inteira fugindo do combate. “Essa bicha é muito ruim de lutar, velho. Mas é isso, acontece”, afirmou Bia.
Bia mostrou-se animada com a perspectiva de voltar a enfrentar a irlandesa, com quem não cruzou em grandes competições desde 2021. “Consegui, né? Então, correu, correu, mas a gente se encontrou. Nos Jogos Olímpicos ainda. Ironia do destino, né? Vamos lá, buscar agora trazer essa vitória, já que eu não aceitei a derrota de Tóquio”, afirmou.
Com o bronze garantido, ela se tornou a primeira pugilista brasileira a subir no pódio olímpico duas vezes consecutivas.
ANDRÉ FONTENELLE / Folhapress