RIO DE JANEIRO, RJ E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A tradicional foto oficial com os participantes da cúpula do G20 não contou com a participação de líderes internacionais, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o premiê do Canadá, Justin Trudeau, e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni.
Os três supostamente chegaram atrasados para o registro, que foi feito nesta segunda-feira (18), no intervalo entre duas sessões da cúpula, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. O Pão de Açúcar, um dos pontos turísticos mais conhecidos do país, está ao fundo do retrato.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aparece na primeira fileira ao lado de seu homólogo da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi dois dos países que, assim como o Brasil, integram o bloco Brics.
Outro participante do Brics foi o chanceler da Rússia, Serguei Lavrov. Na cúpula do ano passado, na Índia, houve constrangimento de alguns líderes em aparecer ao lado do russo devido à guerra em curso contra a Ucrânia, que é largamente condenada pelas potências ocidentais.
Durante as reuniões preparatórias de 2023, representantes de vários países se recusaram a tirar fotos ao lado dos russos em diferentes cidades indianas. No dia em que seria feita a fotografia oficial da cúpula, alguns líderes foram embora mais cedo e não houve a chamada “foto de família”.
Javier Milei, cujo governo é crítico do multilateralismo e pode melar a declaração final do G20, aparece no retrato dos líderes deste ano. O presidente da Argentina está na segunda fileira, com a cabeça baixa e ao lado de um sorridente Emmanuel Macron, o líder francês. A ex-presidente Dilma Rousseff, atualmente chefe do Novo Banco de Desenvolvimento, o chamado banco do Brics, também está no grupo fotografado.
A ausência de Biden, neste ano, é a que mais chama a atenção. A capacidade mental do presidente de 81 anos é alvo de questionamentos, e o democrata foi pressionado a desistir de sua candidatura à Casa Branca durante a corrida ele foi substituído por Kamala Harris, que perdeu a disputa para Donald Trump.
Durante a campanha uma série de confusões feitas pelo atual presidente aumentaram as críticas. Na cúpula da Otan, em julho, o democrata causou espanto ao apresentar o homólogo ucraniano, Volodimir Zelenski, como “presidente Putin”. Pouco depois, durante entrevista coletiva, ele trocou o nome de Kamala, sua vice, pelo de Trump.
Biden também virou memes nas redes. Uma das gravações que viralizou mostra o democrata aparentemente desorientado, afastando-se dos demais líderes do G7 que observavam paraquedistas durante a cúpula do grupo na Itália, até ser puxado de volta por Meloni. O vídeo recortado, no entanto, não mostra que o presidente estava caminhando na direção de outro paraquedista para cumprimentá-lo.
Uma imagem do presidente americano feita neste domingo (17), no Brasil, também viralizou. Depois de conceder uma declaração à imprensa em um espaço de floresta do Musa (Museu da Amazônia), em Manaus, o democrata parece caminhar em direção à floresta.
RENATO MACHADO E RENAN MARRA / Folhapress