SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Antônio de Orleans e Bragança, membro da antiga Família Real Brasileira, morreu nesta sexta-feira (8) aos 74 anos, no Rio de Janeiro.
Ele estava internado desde 6 de julho na Casa de Saúde São José, na zona sul da cidade, para tratar de uma doença pulmonar obstrutiva, que causou sua morte.
O velório será realizado na Igreja da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, com familiares e amigos. “Informações sobre as exéquias serão disponibilizadas oportunamente”, escreveu em nota o Secretariado da Casa Imperial do Brasil.
Chamado de dom Antônio e nascido em 24 de junho de 1950, no Rio, era o sétimo dos 12 filhos de Pedro Henrique de Orleans e Bragança, então Chefe da Casa Imperial. Bisneto de Princesa Isabel e trineto de dom Pedro 2º, ultimo monarca do Brasil.
Seria o segundo na linha de sucessão da extinta monarquia, sucedendo o irmão e atual chefe da Casa Imperial, dom Bertrand de Orleans e Bragança.
Antônio era graduado em engenharia civil pela Universidade de Barra do Piraí, no estado do Rio, e desenvolveu uma carreira artística paralela, especialmente como aquarelista. Produziu mais de 600 aquarelas, retratando as paisagens e a arquitetura tradicional brasileira e europeia, com exposições nas principais capitais do Brasil e também na Europa.
Ele também viajava pelo país participando de “Encontros Monárquicos”, onde palestrava sobre o tema e defendia a volta da monarquia, expulsa em 1889.
Exilados na Europa, a maioria na França, os descendentes de d. Pedro 2º ficaram banidos no Brasil até 1920, quando o presidente Epitácio Pessoa (1919-1922) revogou a medida.
Deixa sua esposa, Christine de Ligne, com quem se casou em 1981, e quatro filhos: Pedro Luiz, Amélia, Rafael e Maria Gabriela de Orleans e Bragança. Ele também deixa dois netos, Joaquim e Nicholas Spearman.
Dom Bertrand escreveu estar “profundamente consternado, encareço a todos orações em sufrágio da alma de meu dileto e sempre leal irmão”.
Desde 2015, a família residia em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, mantendo viva a ligação com a cidade histórica batizada de Cidade Imperial, por ter sido a rota preferida de dom Pedro para seus momentos de lazer e repouso.
DIEGO ALEJANDRO / Folhapress