SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, SP (FOLHAPRESS) – O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou nesta sexta-feira (19) o financiamento de R$ 10,75 bilhões em obras nas rodovias Presidente Dutra (BR-116) e Rio-Santos (BR-101). Ambas são operadas pelo Grupo CCR, que deve investir, no total, R$ 15,5 bilhões nessas vias até 2031, de acordo com o contrato de concessão.
A maior parte dos recursos será financiada via debêntures, pelas quais a CCR irá pagar uma remuneração anual de IPCA + 6,90% em 23 anos.
De acordo com o BNDES, esta emissão de R$ 9,4 bilhões em debêntures incentivadas é a maior já feita no país.
Uma fatia menor, de R$ 1,34 bilhão, será custeada via Finem (financiamento a grandes empreendimentos), a IPCA + 8,68% anuais, por 22 anos.
Somando as duas modalidades, o custo do financiamento para a CCR será de IPCA + 7,17% ao ano, informa a companhia.
O banco também já prepara mais R$ 30 bilhões em financiamentos para obras em rodovias, que devem ser anunciados no próximo ano.
Ainda complementa o financiamento uma linha de R$ 500 milhões em debêntures verdes, com custo inicial de IPCA + 6,90% ao ano. Caso seja comprovada a adoção de práticas sustentáveis na execução das obras, como o uso de material asfáltico reciclado, o custo cai 0,08 ponto percentual, para IPCA + 6,82% ao ano.
A CCR estima que as obras devem gerar mais de 40 mil empregos diretos e indiretos até 2030.
VEJA AS PRINCIPAIS OBRAS PREVISTAS NA DUTRA:
– Novo acesso entre a pista expressa e a ponte do Tatuapé;
– Novos viadutos de ligação das vias expressas da Dutra à Rodovia Fernão Dias;
– Construção de 24,6 km de novas vias expressas, que passarão de duas para três faixas;
– Novo viaduto entre a via expressa da Dutra e a Rodovia Hélio Smidt;
– Construção de trevo em Jacu Pêssego;
– Reformulação de 27 passarelas;
– Construção de 10 km de novas marginais em Bonsucesso;
– Em São José dos Campos, serão construídas a terceira e a quarta faixa para ambos os sentidos das pistas expressas, além de duas novas passarelas;
– Na Serra das Araras, será construída uma nova estrada suspensa sobre a vegetação nativa, com quatro faixas por sentido, o que aumentará o limite de velocidade de 40 km/h para 80 km/h.
JÚLIA MOURA / Folhapress