RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou nesta quarta-feira (30) que obteve autorização da Caixa Econômica Federal para atuar como agente financeiro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Com isso, o banco de desenvolvimento afirmou que terá até R$ 12 bilhões do FGTS para o financiamento de projetos nas áreas de saneamento e mobilidade urbana.
Dessa quantia, o BNDES disse que até R$ 6 bilhões serão para o apoio a obras e serviços incluídos nas modalidades do programa Saneamento para Todos.
Conforme a instituição, outro limite de crédito autorizado pela Caixa, no mesmo valor, prevê recursos para execução de obras, serviços ou aquisição de veículos de transporte público incluídos no programa Pró-Transporte.
O BNDES declarou que a abertura e a concessão de crédito são referentes ao exercício deste ano, considerando-se a data de 31 de dezembro como limite.
“Os recursos serão alocados mediante a apresentação das operações de crédito, devidamente selecionadas pelo Ministério das Cidades, gestor da aplicação do FGTS, conforme a disponibilidade orçamentária”, afirmou o banco.
BNDES e Caixa também anunciaram um protocolo de intenções para avaliar oportunidades de investimentos relacionados com programas do governo federal como NIB (Nova Indústria Brasil), Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e PTE (Plano de Transformação Ecológica).
O protocolo, segundo o BNDES, também propõe ações para ampliar o crédito a agricultores familiares, microempreendedores individuais e micro, pequenas e médias empresas, especialmente no Nordeste e na Amazônia.
Em seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende reforçar a atuação do banco como financiador de projetos na economia.
A estratégia, porém, é vista com ressalvas por uma ala de economistas que teme a volta de políticas adotadas por governos petistas no passado.
A atual gestão do BNDES rebateu as críticas em mais de uma ocasião, dizendo que mira em segmentos como transição energética, inovação e empresas de menor porte.
O banco tem apostado em recursos de fundos para ampliar seus financiamentos -o Fundo Clima é um dos exemplos.
LEONARDO VIECELI / Folhapress