SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Na primeira rodada de negócios de 2025, o índice Merval, que reúne as principais ações da bolsa argentina, fechou a quinta-feira (2) com alta de 6,4%.
Medido em dólares, o indicador supera US$ 2.295 e retoma a tendência de alta que registrou nos últimos meses. Neste contexto, o BCRA (Banco Central da República Argentina) fechou o dia com saldo positivo para as suas reservas (comprou US$ 172 milhões) e o risco país caiu para 610 pontos.
No ano passado, a bolsa argentina já havia registrado alta de 172% e liderado os ganhos entre 20 bolsas mundiais.
O movimento reflete o otimismo dos investidores com os esforços do presidente Javier Milei para conter a inflação e reverter anos de déficits orçamentários endêmicos.
O índice S&P Merval da Argentina apresentou o melhor desempenho em 2024 em um grupo global de 92 índices de ações primárias, de acordo com dados compilados pela agência Bloomberg. Um montante de US$ 10 mil (R$ 62 mil) investido no índice teria sido transformado em US$ 21.377 (R$ 133 mil), ajustado para variações cambiais.
Os bancos e empresas de energia foram os grandes vencedores do dia, com as ações subindo até 9%. Entre os maiores destaques estão Supervielle (9,2%), BBVA (9,1%), TGS (8,8%), Banco Macro (8,1%), Edenor (7,1%), Pampa Energía (6,6%) e Metrogas (5,8%).
Entre os ADRs que apresentam melhor desempenho estão BBVA (13,2%), Banco Macro (12,5%), Edenor (9,8%), TGS (9,6%), Banco Supervielle (9,5%), Grupo Financiero Galicia (9,5%), Telecom (9%) e Porto Central (6,3%).
O risco país caiu 20 pontos e fixou-se em 610 pontos, mantendo-se no valor mais baixo desde o final de 2018, com uma recuperação de cerca de 1% nas obrigações soberanas. Neste cenário, o BCRA retomou a sua trajetória positiva e comprou US$ 172 milhões no dia para reservas, que fecharam em US$ 31,7 bilhões.
Redação / Folhapress