SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) doou R$ 100 mil para a viúva do soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Patrick Bastos Reis, 30, morto no fim de julho em Guarujá, no litoral paulista.
A informação foi divulgada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente.
“Parabéns ao presidente Jair Messias Bolsonaro pela iniciativa de doar R$ 100 mil para a viúva do soldado da PMESP da Rota Patrick Bastos Reis, assassinado na operação na Baixada Santista no dia 27 de julho”, escreveu o senador em uma rede social.
Bolsonaro não fez nenhuma publicação sobre a doação em suas redes até o momento.
A reportagem não conseguiu contato com a viúva do militar.
Reis foi morto durante patrulhamento na comunidade Vila Zilda, em Guarujá.
Após o assassinato do soldado, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) iniciou a operação Escudo. Três homens foram indiciados e se tornaram réus pelo assassinato, incluindo o suspeito de ter feito o disparo.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública) deslocou agentes de todos os grupos de elite da Polícia Militar para a Baixada Santista. O efetivo da operação ultrapassou 600 policiais.
Em seis dias, o número oficial de pessoas mortas em confronto com as forças de segurança na Baixada Santista chegou a 16, segundo a secretaria. Com isso, a ação foi a segunda mais letal da história da PM paulista atrás apenas do massacre do Carandiru, com 111 vítimas.
Moradores denunciaram execuções de pessoas que estariam desarmadas, invasões de casas por policiais mascarados, ameaças a moradores e ao menos um caso de tortura. Há relatos de que um morador de rua foi morto em uma favela da região. Além disso, uma vítima foi enterrada como indigente, e outra foi identificada dessa forma em um boletim de ocorrência.
Segundo o governo, todas as mortes são investigadas pela Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Santos e pela PM por meio de Inquérito Policial Militar. A atuação dos agentes de segurança também será investigada pelo Ministério Público de São Paulo.
FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress