SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A CPI do 8 de janeiro aprovou nesta quarta-feira (18) seu relatório final, com o pedido de indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outras 60 pessoas.
A relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), pediu o indiciamento de Bolsonaro por quatro crimes: associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado.
O relatório tem 1.333 páginas. O documento, obrigatório em comissões parlamentares de inquérito, pode apenas sugerir indiciamentos a autoridades responsáveis. A CPI pretende entregar o documento à PGR (Procuradoria-Geral da República), à Polícia Federal e ao STF (Supremo Tribunal Federal) na semana que vem.
Veja a lista de indiciamentos sugeridos e os crimes apontados no relatório:
– Jair Bolsonaro ex-presidente da República (associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado)
– Walter Souza Braga Netto general do Exército, ex-ministro da Defesa, candidato a vice na chapa de Bolsonaro na eleição de 2022 (associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado)
– Augusto Heleno general do Exército, ex-chefe do GSI (associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado)
– Luiz Eduardo Ramos general do Exército, ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, da Secretaria de Governo e da Casa Civil (associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado)
– Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira general do Exército, ex-ministro da Defesa (associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado)
– Almir Garnier Santos almirante de esquadra, ex-comandante da Marinha (associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado)
– Marco Antônio Freire Gomes general do Exército, ex-comandante-geral do Exército (prevaricação)
– Mauro Cesar Barbosa Cid tenente-coronel do Exército, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado)
– Luís Marcos dos Reis – sargento do Exército, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado)
– Ailton Gonçalves Moraes Barros ex-major do Exército (associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado)
– Antônio Elcio Franco Filho – coronel do Exército (associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado)
– Jean Lawand Júnior coronel do Exército (associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado)
– Anderson Torres ex-ministro da Justiça, ex-secretário de Segurança Pública do DF (associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado)
– Marília Ferreira de Alencar ex-diretora de inteligência do Ministério da Justiça (associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado)
– Silvinei Vasques ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (associação criminosa, prevaricação, peculato, advocacia administrativa, frustração do caráter competitivo da licitação, contratação inidônea, violência política)
– Filipe G. Martins ex-assessor-especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República (associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado e incitação ao crime)
– Alexandre Carlos de Souza Silva policial rodoviário federal (corrupção passiva, frustração do caráter competitivo da licitação e contratação inidônea)
– Marcelo de Ávila – policial rodoviário federal (frustração do caráter competitivo da licitação e
contratação inidônea)
– Maurício Junot sócio de empresas com contratos com a PRF (peculato, corrupção ativa, fraude em licitação ou contrato e contratação inidônea)
– Carla Zambelli deputada federal (associação criminosa), abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado)
– Marcelo Costa Câmara – coronel do Exército, ex-ajudante de ordens da Presidência da República (associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado)
– Ridauto Lúcio Fernandes – general da reserva do Exército (dano qualificado, associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei)
– Meyer Nigri empresário e apontado como difusor de conteúdos no WhatsApp (divulgação de informações inverídicas a respeito de partidos ou candidatos)
AGENTES DO GSI
Crimes apontados: dano qualificado, associação criminosa, violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial
Carlos José Russo Assumpção Penteado – general do Exército
Carlos Feitosa Rodrigues – general do Exército
Wanderli Baptista da Silva Junior – coronel do Exército
André Luiz Furtado Garcia – coronel do Exército
Alex Marcos Barbosa Santos – tenente-coronel do Exército
José Eduardo Natale de Paula Pereira – major do Exército
Laércio da Costa Júnior – sargento do Exército
Alexandre Santos de Amorim – coronel do Exército
Jader Silva Santos – tenente-coronel da PM, então subchefe da Coordenadoria de Análise de Risco do GSI
Agentes da PM do Distrito Federal
Crimes apontados: destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial e omissão imprópria
Fábio Augusto Vieira – coronel
Klepter Rosa Gonçalves – coronel
Jorge Eduardo Barreto Naime – coronel
Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra – coronel
Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues – coronel
Flávio Silvestre de Alencar – major
Rafael Pereira Martins – tenente
Difusores de conteúdo falso nas redes, segundo a relatora
Crime apontado: incitação ao crime
Tércio Arnaud Tomaz ex-assessor especial no Palácio do Planalto
Fernando Nascimento Pessoa
José Matheus Sales Gomes – ex-assessor especial no Palácio do Planalto
Apontados como financiadores dos atos
Adauto Lúcio de Mesquita empresário (incitação ao crime)
Joveci Xavier de Andrade empresário (incitação ao crime)
Ricardo Pereira Cunha (incitação ao crime e associação criminosa)
Mauriro Soares de Jesus (incitação ao crime e associação criminosa)
Enric Juvenal da Costa Laureano (incitação ao crime e associação criminosa)
Articuladores do grupo Movimento Brasil Verde e Amarelo, conforme o relatório
Crimes apontados: associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado)
Antônio Galvan sojicultor
Jefferson da Rocha – advogado
Vitor Geraldo Gaiardo – sojicultor
Humberto Falcão – sojicultor
Luciano Jayme Guimarães – sojicultor
José Alípio Fernandes da Silveira – sojicultor
Valdir Edemar Fries – sojicultor
Júlio Augusto Gomes Nunes – comerciante
Joel Ragagnin – sojicultor
Lucas Costa Beber – sojicultor
Alan Juliani – sojicultor
Condenados por tentativa de explosão em Brasília
Crimes apontados: associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado)
George Washington de Oliveira Sousa
Alan Diego dos Santos Rodrigues
Wellington Macedo de Souza
Redação / Folhapress