Bombeiros retomam buscas de desaparecidos após desabamento de parte de porto no AM

MACEIÓ, AL (FOLHAPRESS) – As equipes de resgate retomaram as buscas na manhã desta terça-feira (8) pelos desaparecidos após um desabamento de terra às margens do rio Solimões, no município de Manacapuru, região metropolitana de Manaus, que destruiu parte do Porto da Terra. Um trabalho de análise da estrutura colapsada também está em curso.

Segundo a prefeitura, uma menina de seis anos e três homens estão entre os possíveis desaparecidos. De acordo com familiares, os nomes são Letícia Correia de Queiroz, 6, o pescador Jorge Facondi, 64, Frank Lins Pinheiro de Souza, 37, e outro homem identificado como Bruno.

Nas redes sociais, o pai da criança, Osmar Pinheiro de Queiroz, afirmou que morava perto do porto e achava que tinha perdido todos os filhos com o desastre, mas os dois mais velhos estão a salvo.

“Perdemos nosso lar, perdemos tudo que tínhamos. A minha princesa, se Deus quiser, vão achar o corpo dela e vamos fazer um enterro digno”, lamentou.

Outras dez pessoas foram atendidas no Hospital Regional Lázaro Reis, no município, com escoriações. Duas delas seguiam internadas na tarde desta terça-feira.

No resgate estão mergulhadores e especialistas em salvamento em estruturas colapsadas que vieram de Manaus, além do apoio das polícias Civil e Militar.

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Amazonas, coronel Alexandre Freitas, reiterou na tarde desta terça que as buscas seguirão até que todos sejam encontrados.

O governo federal designou uma equipe do Grupo de Apoio a Desastres (Gade), da Defesa Civil Nacional, para auxiliar a população de Manacapuru. A equipe estava em Manaus desde a semana passada, atuando no gerenciamento dos desastres ocorridos por causa da estiagem e dos incêndios florestais no Amazonas.

Segundo o governo do estado, a responsabilidade do Porto da Terra Preta é do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O órgão do governo federal diz que administra apenas um outro trecho do porto, não o trecho atingido.

O Dnit acrescentou que está com técnicos no local para uma inspeção detalhada para avaliar a extensão dos danos e os riscos que podem comprometer a segurança da estrutura sob sua responsabilidade.

“O incidente no Porto de Terra Preta é provavelmente resultado de um fenômeno sazonal conhecido como ‘terras caídas’, comum nesta época do ano na região”, diz trecho da resposta do Dnit.

A Marinha enviou ao local um helicóptero UH-12 Esquilo, os navios de assistência hospitalar Carlos Chagas e Soares Meirelles e uma lancha de operações ribeirinhas, além de mergulhadores e fuzileiros navais. Os esforços estão concentrados em resgatar eventuais vítimas que estejam na calha do rio ou nas proximidades da margem.

A Força afirmou ainda que abrirá inquérito para apurar as causas do desabamento.

JOSUÉ SEIXAS / Folhapress

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