RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Desde a madrugada desta quarta (31), agentes do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) realizam uma operação no complexo da Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Um morador foi baleado de raspão no braço e passa bem.
Segundo a Polícia Militar, até o momento não há presos ou apreensões. Barricadas estão sendo retiradas.
Ainda de acordo com a corporação, a ação tem como objetivo impedir a movimentação de criminosos envolvidos em ações criminosas na zona oeste do Rio de Janeiro.
“Dados do serviço de inteligência da corporação apontam que o grupo criminoso que atua no complexo de favelas da zona norte do Rio busca expandir a sua área de atuação até as localidades do Gardênia Azul, Muzema, Rio das Pedras e Morro do Banco”, disse a PM, em nota.
A disputa na zona oeste do Rio ocorre entre milicianos e traficantes e, neste mês, completa um ano. As mortes na zona oeste tiveram um aumento de mais de 100%.
Nesta segunda, sete suspeitos foram presos na Linha Amarela, com granadas e pistolas. A policiais, eles informaram que haviam saída da Vila Cruzeiro, favela do complexo da Penha, para reforçar o tráfico na Gardênia Azul, na zona oeste. A distância entre as duas comunidades é de cerca de 25 quilômetros.
Na ação desta quarta (31), um morador foi baleado no braço e liberado após atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da região.
Em nota, a Secretaria de Saúde estadual disse que o Hospital Estadual Getúlio Vargas a UPA Penha estão funcionando normalmente.
A Secretaria de Saúde municipal disse que as clínicas Valter Felisbino de Souza e Aloysio Augusto Novis mantêm o atendimento à população.
“Apenas as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, estão suspensas”, afirmou, em nota. Já as escolas da região estão fechadas devido ao período de férias escolares.
Segundo moradores, os tiros começaram por volta das 5h30 da manhã. Nas redes sociais, muitos lamentaram e protestaram contra mais um dia de tiroteios na região.
BRUNA FANTTI / Folhapress