SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O influenciador Pablo Marçal (PRTB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo, entraram em confronto em debate eleitoral na manhã desta quarta-feira (14).
Em uma passagem na qual apenas os dois estavam no palco, Marçal chamou Boulos de vagabundo, fazendo coro às acusações de que o psolista nunca trabalhou. O deputado respondeu que o empresário é um mentiroso compulsivo e que tem dúvidas se Marçal é mau caráter ou psicopata.
No início do embate, a equipe do influenciador entregou a Marçal uma carteira de trabalho. Depois de duelarem em relação ao tempo, guardando segundos para falarem por último, o conflito escalou e chegou quase ao contato físico, quando Marçal seguiu Boulos pelo palco mostrando a carteira de trabalho.
Ambos sentaram lado a lado, e o ex-coach continou a mostrar o documento para Boulos que, irritado, tentou tirá-lo das mãos do adversário.
O debate foi promovido pelo Estadão, em parceria com o Portal Terra e com a Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). Participaram seis candidatos: o prefeito Ricardo Nunes (MDB), os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB), o apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB), o empresário Pablo Marçal (PRTB) e a economista Marina Helena (Novo).
O intervalo após o embate entre Marçal e Boulos foi tenso, com auxiliares do deputado do PSOL reclamando com a organização do debate. Equipes de outras campanhas, como Datena e Nunes, também entraram na conversa.
As equipes adversárias, com exceção da de Marçal, se reuniram e fizeram coro na reclamação de que as regras do debate não estavam sendo cumpridas. Auxiliares de Nunes, mesmo sendo adversários de Boulos, concordaram com a reclamação do PSOL a respeito da atitude de Marçal, que não poderia, segundo as regras, ter exibido um objeto, como a carteira de trabalho, durante a pergunta.
As demais campanhas estão articulando uma ação conjunta contra Marçal, alegando que ele e sua equipe descumpriram várias regras do debate, inclusive a proibição de gravar o debate, o que estava estabelecido no acordo. A reclamação é que a organização falhou em punir os descumprimentos.
ANA LUIZA ALBUQUERQUE, CAROLINA LINHARES, JOELMIR TAVARES, VICTÓRIA CÓCOLO E ISABELLA MENON / Folhapress