SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo Tabata Amaral (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL) participaram nesta quarta-feira (3) de evento do governo Lula no centro de São Paulo, evitando polêmicas sobre as eleições e possível politização de eventos do governo federal.
Eles estiveram no lançamento no estado do Programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação. Tabata se esquivou de assuntos relacionados à eleição e sobre estratégia já aventada de possível apoio à candidatura de Boulos no decorrer da disputa à prefeitura.
Ela afirmou que o momento era exclusivamente dedicado ao Pé-de-Meia, que tem como objetivo oferecer incentivo a alunos do ensino médio para que permaneçam na escola e foi pensado com base em um projeto apresentado pela deputada.
Já Boulos, atual pré-candidato do PSOL em aliança com o PT, não comentou críticas de possível politização de eventos do governo federal.
Questionado pela Folha sobre a razão de Boulos ter sido convidado para o evento, o MEC disse que tanto o ministério quanto o governo do estado podiam chamar parlamentares. Sinalizou também que foi a primeira vez que um governador e secretário da Educação não participaram do evento, realizado no teatro Fernando de Azevedo.
Estava prevista a presença do vice-governador, Felicio Ramuth (PSD), que não compareceu. Representou o governo estadual o secretário-executivo, Vinicius Mendonça Neiva.
O prefeito de São Paulo e pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes, também não compareceu. O secretário municipal da Educação, Fernando Padula Novaes, representou a prefeitura.
Segundo a assessoria de Boulos, o convite ao político poderia ter relação com o fato de ele ter sido o “parlamentar mais votado do estado”.
Boulos se esquivou de comentar possível politização de ações ligadas ao governo federal.
Como mostrou a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, ele recebeu o contato do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para discutir processo que pode cassar a Enel. O prefeito não havia recebido ligação de Silveira sobre o tema e acusou o ministro de politizar a discussão envolvendo a empresa de energia de São Paulo.
ANA GABRIELA OLIVEIRA LIMA / Folhapress