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Boulos fala em presunção de inocência de aliado embora ataque Nunes sem indiciamento

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) saiu em defesa do vereador Senival Mouro, líder do PT no Legislativo Paulistano e alvo da polícia sobre uma suposta ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Na sabatina realizada pela Folha de S.Paulo e UOL nesta segunda, Boulos afirmou que Senival não foi indiciado e que, por isso, tem direito à presunção de inocência.

Boulos e Senival estiveram juntos neste domingo (20) em uma carreata pela região de Guaianases, extremo da zona leste. O local é reduto eleitoral do vereador.

“Minha relação com vereador vai ser republicana, até porque ele não é indiciado. Se ele ou qualquer outra pessoa for indiciada e comprovado as irregularidades, pau que bate em Chico bate em Francisco”, disse.

“Eu não posso prejulgar uma pessoa que não foi indiciada e que não tem a responsabilidade comprovada, isso é ferir presunção de inocência. Eu por exemplo não citei o nome do Milton Leite que tem relação direta com a Transwolff, porque ele não está indicado. É meu adversário, um dos principais cabos eleitorais do meu adversário”, completou.

Boulos prometeu “passar limpo os contratos do transporte, doa a quem doer”. “Não vou aceitar crime organizado dentro da prefeitura de São Paulo”, concluiu.

Senival é um dos investigados em uma operação que apura a suposta participação do crime organizado no transporte urbano na capital paulista. A suspeita, segundo a polícia, é que o vereador petista seja sócio oculto de uma empresa de ônibus usada para lavagem de dinheiro.

Reportagem da Folha de S.Paulo mostrou que, segundo a polícia, ele chegou a ter a morte decretada pelo PCC porque não estaria realizando o repasse de valores devidos aos membros da facção. A investigação apontou que esses recursos eram provenientes de uma empresa de ônibus, a Transunião, que era usada para lavagem de dinheiro.

A polícia afirma ter encontrado documentos relativos a essa frota de ônibus durante uma ação de busca e apreensão realizada em seu escritório. Sob ameaça, o parlamentar teria entregado 13 veículos do qual era proprietário para a facção.

O discurso em defesa do aliado, porém, destoa do tom de acusação adotado por Boulos contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que é um dos citados na investigação da Máfia da Creche.

No caso do prefeito, pré-candidato à reeleição, também não há indiciamento até aqui. Mas foi apontada pela Polícia Federal a necessidade de novas investigações em razão da suspeita de envolvimento dele em lavagem de dinheiro por meio de uma empresa de construção também na mira da polícia.

O Ministério Público Federal concordou com o relatório da PF e pediu continuidade das investigações em relação à participação do prefeito –a Justiça ainda não se manifestou.

CARLOS PETROCILO E ISABELLA MENON / Folhapress

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