SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O candidato Guilherme Boulos (PSOL) fez campanha de rua nesta quarta-feira (4) na rua 25 de Março e, enquanto caminhava com apoiadores, viu provocações de eleitores de Pablo Marçal (PRTB), que gritavam “faz o M”.
Quando o grupo passou diante de uma mulher que fazia com os dedos o gesto associado ao slogan da campanha de Marçal, cabos eleitorais do postulante apoiado pelo presidente Lula (PT) reagiram gritando em coro “Boulos prefeito”.
A jornalistas o representante do PSOL exaltou as manifestações de apoio de lojistas e transeuntes ao longo da passeata e disse que conviver com manifestações contrárias faz parte da democracia.
“É lógico que, numa eleição, vai ter apoio a todos os candidatos, mas vocês viram o tamanho do apoio popular que a gente recebeu aqui”, afirmou, para em seguida exaltar sua estabilidade nas pesquisas.
Segundo o levantamento mais recente do Datafolha, realizado em 20 e 21 de agosto, Boulos está tecnicamente empatado no primeiro lugar com Marçal e Ricardo Nunes (MDB).
“Estamos liderando as pesquisas, lógico que com empate em margem de erro com o outro candidato [Nunes] há mais de um ano, mesmo sendo alvo de todos os ataques”, declarou, atribuindo ao prefeito e candidato à reeleição parte da ofensiva e também uso da máquina para fins eleitorais.
Disse ainda que foi alvo “de todo tipo de mentira da máquina digital” de Marçal. “E mesmo assim a gente permaneceu resiliente, o que mostra a força da nossa candidatura, que está enraizada em todos os cantos da cidade.”
A reportagem ouviu apoiadores de Boulos na rua de comércio popular e no Mercado Municipal, onde ele encerrou a agenda de campanha, que reforçaram o desejo de vitória do nome do PSOL e disseram que Marçal “fala demais”, mas não tem condições de entregar o que promete. Já entusiastas do influenciador disseram que o escolhem porque o conhecem das redes sociais e também porque não gostam de Lula.
Boulos falou sobre propostas para o comércio popular e a recuperação do centro da cidade. Durante o trajeto, apoiadores do candidato distribuíam panfletos e avisavam que “ele é o Boulos, é o candidato do Lula”.
JOELMIR TAVARES / Folhapress