Brasil, México e Colômbia se opõem a estratégia de Maduro de levar eleição ao Supremo

BUENOS AIRES, ARGENTINA, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Os governos de Brasil, Colômbia e México voltaram a defender, em comunicado nesta quinta-feira (8), a publicação das atas de votação e dos resultados detalhados da eleição na Venezuela, mas destacaram que a divulgação transparente dos resultados eleitorais cabe ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), não ao Supremo.

Trata-se de uma manifestação pública dos três países contra a estratégia do ditador Nicolás Maduro de tentar transferir ao Tribunal Superior de Justiça venezuelano a tarefa de chancelar a validade do pleito. A alta instância é controlada pelo chavismo.

No primeiro comunicado que divulgou conjuntamente, no último dia 1º, o trio pediu a Caracas que divulgasse publicamente todos os dados desagregados das eleições por mesa de votação, e não apenas as cifras gerais que o órgão eleitoral tem divulgado sem qualquer detalhamento.

“As controvérsias sobre o processo eleitoral devem ser dirimidas pela via institucional”, dizia a nota. “O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação dos resultados.”

Mesmo entre o trio havia algumas divergências que foram atenuadas. Bogotá, por exemplo, gostaria que houvesse um pedido de observação interacional para acompanhar uma possível auditoria da divulgação das atas. Brasília pensa que esse pedido não se sustenta por ausência de base jurídica para exigí-lo de outro país.

Ainda nesta quinta-feira o americano Carter Center, único observador internacional e independente de peso que acompanhou o pleito presidencial do último dia 28, afirmou que há evidências claras de que Edmundo González venceu as eleições e de que o Poder Eleitoral na Venezuela é enviesado.

MAYARA PAIXÃO E RICARDO DELLA COLETTA / Folhapress

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