ARACAJU, SE (FOLHAPRESS) – Por uma ordem da alta direção da Disney, as transmissões da ESPN mudaram nos últimos dias. As brigas da empresa com Elon Musk, dono do X, ex-Twitter, fez as hashtags serem abolidas de partidas.
Até então, em jogos da Premier League, da Inglaterra, por exemplo, uma tag era disponibilizada para o público, que enviava suas mensagens através da rede social.
No entanto, a Disney ordenou que não se dê qualquer tipo de publicidade para o X, ex-Twitter, direta ou indiretamente. Com isso, os talentos da ESPN precisaram se adequar a nova realidade.
Alguns pedem para que os espectadores mandem mensagens em suas contas pessoais, como fez o narrador Luiz Carlos Largo durante a transmissão de Liverpool e Newcastle nesta segunda (1).
Outros narradores fazem lives no Instagram, como é o caso de Paulo Andrade, principal locutor de jogos de futebol do canal esportivo da Disney.
Em novembro do ano passado, a Disney suspendeu o pagamento de publicidade para o X. Musk tem sido alvo de polêmicas desde que comprou a rede social, em 2022, por permitir e até incentivar comentários antissemitas no site.
A situação se intensificou quando o bilionário da tecnologia concordou com uma postagem no X que acusava pessoas judias alvo de antissemitismo durante a guerra Israel-Hamas de tentarem “impor contra os brancos a mesma lógica de ‘nós contra eles’ de que eles reclamam” e apoiarem a imigração de “hordas de minorias”.
“Está aí uma verdade”, respondeu Musk. Grupos judaicos compararam a declaração na postagem original a uma crença conhecida como teoria da substituição, uma teoria da conspiração que postula que imigrantes não brancos, organizados por judeus, pretendem substituir os brancos.
A publicidade representava cerca de 90% da receita do Twitter antes de Musk comprar a empresa. Hoje, esse número é de 70%, conforme estimativas recentes de mercado divulgadas pelo The New York Times.
No mês passado, o X informou aos funcionários que a empresa estava avaliada em US$ 19 bilhões. Isso foi reduzido em relação aos US$ 44 bilhões que Musk pagou.
GABRIEL VAQUER / Folhapress